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11 de Agosto de 2017 – 04h26 horas / Luiz Marins

Um dos maiores problemas do mundo moderno é o imediatismo com que queremos ver os resultados do que fazemos. Isso é uma das coisas que mais chama a atenção dos investidores internacionais em relação ao Brasil. Queremos tudo para ontem, para já, queremos colher sem paciência para plantar.  


Sem uma visão de longo prazo, muitas empresas deixam de investir tempo e recursos na construção do futuro. Não têm paciência com pesquisa e desenvolvimento e em ações que trarão resultados somente num futuro que acreditam ser distante demais.


Vejo com preocupação, empresas que desejam ter sucesso imediato, sem construir uma relação duradoura com clientes e fornecedores, sem investir na formação e desenvolvimento de suas lideranças e menos ainda na dos colaboradores do chamado chão de fábrica, ou seja, os que estão na execução diária dos trabalhos. 


A empresa brasileira recruta hoje um novo colaborador e já o coloca em atividade, sem formação, sem treinamento, sem integração. É claro que o seu desempenho será baixo, sua produtividade sofrível e o nível de tensão e ansiedade serão altos. Falta paciência. Falta planejamento de longo prazo.


Muitos me dirão que no Brasil é impossível planejar a longo prazo, dadas as mudanças que ocorrem a cada minuto em nossa economia e em nossa política. Essa é uma meia-verdade e mais uma justificativa do que uma realidade concreta. Muitas coisas podem ser planejadas com antecedência e não são por pura falta de uma cultura de visão de longo prazo. 


Todos nós sabemos que nossos colaboradores poderão nos deixar a qualquer momento por várias razões. O que noto é que são poucas as empresas que têm um “banco de gente” (ou de reserva) para eventuais necessidades. O recrutamento de pessoal é feito sempre de última hora, sem muito planejamento de longo prazo. Sendo feito de afogadilho, não há como se ter tempo para treinar, formar, integrar antes de colocar o novo colaborador diretamente na atividade.


Isso também ocorre com novos equipamentos. A aquisição é feita, o equipamento chega e não é dado o necessário tempo para o treinamento, para a adaptação das pessoas aos novos padrões que o novo equipamento exige. Isso me dizem as empresas fornecedoras que afirmam que muitas máquinas são subutilizadas por falta de treinamento dos operadores. 


Procure pensar mais no longo prazo em sua vida pessoal e profissional e em sua empresa.


Pense nisso. Sucesso!


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