Diesel começa 2022 mais caro nas refinarias; veja o preço médio
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Valorização do petróleo no mercado internacional deixa a gasolina e o diesel mais caros a partir desta quarta-feira (12) em todo o Brasil

Os preços do diesel e da gasolina estão maiores a partir desta quarta-feira (12) em todo o Brasil. De acordo com a Petrobras, no primeiro reajuste do ano, o preço médio de venda do diesel da estatal para as distribuidoras sobe de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Ou seja, um aumento de 8,08% no valor logo nos primeiros dias de 2022.

Do mesmo modo, o litro da gasolina custava R$ 3,09 e, após o reajuste, passa para R$ 3,24. Neste caso, alta de 4,85%. Vale ressaltar, no entanto, que o reajuste chega apenas após 78 dias. Ou seja, o último aumento ocorreu em 26 de outubro de 2021, há menos de três meses. Segundo a Petrobras, os reajustes garantem que o mercado sustente as bases econômicas, e evite risco de desabastecimento dos distribuidores, bem como de importadores e outros produtores, além da própria estatal.

O preço na bomba

A Petrobras lembra que o aumento para as distribuidoras representa apenas parte do preço final pago pelo consumidor na bomba. Ou seja, no diesel, considera-se a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel na composição do combustível à venda nos postos. Contudo, a parte da Petrobras no preço ao consumidor passa de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba. Ou seja, alta de 7,9% ou de R$ 0,24 por litro do combustível.

Para efeito de comparação, na grande São Paulo nos últimos 12 meses, o preço do diesel nas bombas saiu de R$ 3,522 para R$ 5,232. Um alta impressionante de 41,42%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Diesel mais caro afeta setor de transportes

Seja como for, desde janeiro do ano passado, o diesel já subiu 78,71% nas refinarias. Portanto, compromete a rentabilidade de caminhoneiros e transportadores. De acordo com a NTC&Logística, o diesel representa 46,08% dos custos diretos do transporte. Dessa forma, enquanto o transportador foca na gestão, o motorista autônomo é o mais impactado pelos constantes aumentos, uma vez que os fretes não acompanham o aumento do combustível.

Não por acaso, houve protestos por parte da categoria e até ameaça de paralisação entre algumas classes autônomas. Porém, sem adesão. Para tentar contornar a questão, o governo federal buscou alternativas para reduzir os constantes aumentos de 2021. Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a dizer que poderia zerar a cobrança de impostos federais sobre o óleo diesel em 2022. Mas, na ocasião, a medida foi taxada como “esmola” por parte do setor.


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