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24 de Setembro de 2014 – 05h22 horas / Jornal de Hoje

Faltando cinco meses para o fim do prazo da reforma e duplicação do Anel Viário, as obras se aproximam de 50% de conclusão. O dado é do Departamento Estadual de Rodovias (DER), que assumiu a obra em janeiro de 2012 – inicialmente, a intervenção era responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Questões de desapropriação”, segundo a assessoria de imprensa do órgão, motivaram o atraso da obra, que teve o fim de 2013 como primeiro prazo de entrega. A reforma é parte do Plano de Logística de Transporte do Porto do Pecém.

 

O encarregado de logística José Jacinto, 33, trabalha às margens da via e diz que o avanço da obra é visível. “Depois que eles pegaram firme, está num ritmo bom. O problema é que demorou a começar”, ele analisa. Desde 10 de julho, quando O POVO publicou a última parcial da reforma, o índice cresceu 9%. Nos 32 quilômetros que passam por cinco municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), há trabalhos em diferentes etapas de execução, desde a terraplenagem até a aplicação do pavimento de concreto.

 

Das obras de arte previstas, de acordo com o DER, sete viadutos já foram concluídos (CE-065, BR-116, BR-020, Conjunto Nova Metrópole, Tronco Norte, Tronco Sul) e um está em fase de finalização (CE-060). Um oitavo projeto de viaduto (CE-040) aguarda aprovação do Dnit para ser iniciado. As três pontes (sobre os rios Coaçu, Gavião e Siqueira) também já foram terminadas, conforme o órgão.

 

Acidentes

 

Jorge Miranda, 45, caminhoneiro há dez anos, aponta os acidentes como o maior problema do Anel Viário. Quando a ampliação for inaugurada, ele tem esperança de que haja melhorias. “Hoje as obras atrapalham, mas tem de ser assim para melhorar. O trânsito vai fluir mais rápido, e os caminhões terão mais acesso”. A crítica de Jorge é com o período. Segundo ele, as obras só avançam em tempo de eleição. “Isso era para estar pronto há muito tempo. Se tivesse eleição todo ano, melhoraria demais”.

 

O valor do convênio do Estado com o Ministério dos Transportes é de cerca de R$ 208 milhões, segundo o DER. O Portal da Transparência aponta que R$ 156 milhões (75% do total) já foram liberados, mas o órgão estadual não divulga quanto do montante já foi aplicado.

 

O projeto prevê pista de concreto – que tem resistência maior que o asfalto – duplicada nos dois sentidos. Serão implantados, também, canteiro central, ciclovias laterais, retornos, acostamentos e nova sinalização.


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