“Não posso legislar sobre uma rodovia federal, por isso o decreto se baseia em questões ambientais. Mas essa medida vai desafogar o trânsito e beneficiar mais de 6 milhões de pessoas“, afirmou. “O decreto não vai afetar a economia. As empresas de transporte precisam organizar seu sistema de abastecimento.“
O decreto prevê ainda a criação de barreiras ambientais. Os motoristas que desrespeitarem as regras estão sujeitos a multas e até apreensão da carga. As empresas têm 30 dias para se adequar.
O presidente da Federação do Transporte de Cargas do Rio de Janeiro (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi, classificou a medida de “absurda, autoritária e unilateral“. “Fomos surpreendidos. Em nenhum momento a prefeitura conversou com o setor. Bloquear a chegada à cidade afetará o abastecimento da indústria e do comércio. O impacto será para toda a sociedade“, afirmou.
Rebuzzi disse que a federação decidiu esperar até a publicação do decreto para depois negociar com o prefeito. Se as conversas não surtirem efeito, a Fetranscarga vai questionar a medida na Justiça.
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que um decreto municipal não tem efeito sobre uma rodovia federal concedida. De acordo com a Assessoria de Imprensa, a concessionária Nova Dutra tem a obrigação contratual de garantir o fluxo da via e tomar as medidas legais para impedir as barreiras ambientais de interromper o tráfego de caminhões. A Nova Dutra não se pronunciou.
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