Levantamento da Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), aponta nova tendência na preferência dos consumidores para o financiamento de veículos: os modelos usados ganham mais adeptos por se tratar de uma opção financeiramente mais atrativa com relação aos novos, cujos preços elevam o nível de comprometimento da renda.
“Em meio às incertezas econômicas, o consumidor continua optando por parcelas menores no financiamento. Assim, os usados vêm crescendo, enquanto os novos estão recuando”, defende Marcus Lavorato, gerente de relações institucionais da Cetip.
Os números confirmam a preferência pelas parcelas menores: o financiamento de usados entre janeiro e julho caiu apenas 1,9% sobre iguais meses de 2014, passando de 1,64 milhão para 1,61 milhão. Na mesma base de comparação, os financiamentos de novos recuaram expressivos 22,4%, de 1,12 milhão para 873,8 mil unidades. Os dados consideram apenas automóveis e comerciais leves. Vale notar que proporcionalmente, o volume de usados é muito maior que o de novos financiados no período acumulado.
Entre os usados, o destaque fica por conta dos modelos com 4 a 8 anos de uso: o volume de financiamento desses veículos cresceu 2,6% no acumulado, o que ajudou a reduzir o índice de queda do total dos financiamentos de usados. Em julho, entre todas as faixas etárias consideradas para automóveis leves, essa mesma categoria, de 4 a 8 anos, foi a única a apresentar aumento no número de financiados, superando inclusive o índice de aumento do volume de novos leves financiados.
Ainda de acordo com os dados, o bom desempenho dos usados também pode ser observado nos financiamentos realizados via consórcio: de janeiro a julho, apresentou alta de 20,9%, na comparação anual. Os dados consideram as aquisições de veículos leves por cotas contempladas.
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