Consumo em 2011 deverá atingir R$ 2,5 trilhões
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03 de Maio de 2011 – 10h00 horas / AméricaEconomia

O consumo dos brasileiros deve chegar a R$ 2,452 trilhões neste ano, de acordo com o IPC Maps (índice de potencial de consumo que sucedeu o IPC Target), da IPC Marketing Editora. A projeção de crescimento é superior a R$ 250 bilhões em relação ao índice do ano passado, de cerca de R$ 2,2 trilhões. Em termos reais, os cálculos mostram que as despesas das famílias ficarão ligeiramente abaixo do PIB – 4,1% -, indicando um aumento populacional de 1,2%. O estudo foi feito com base em dados secundários atualizados, pesquisados em fontes oficiais, utilizando metodologia própria da empresa. A perspectiva revela significativa expansão de consumo entre os brasileiros de todas as classes sociais, com destaque para o crescimento do potencial de consumo das regiões Sul e Centro-Oeste, a interiorização setorial da economia, bem como a concentração da classe C e o poder de compra da classe média. A população chegará a 193,1 milhões de pessoas. O número de mulheres permanecerá maior que o dos homens (51% contra 49%). A população urbana representará 84,4% (em 2010 eram 83%), apontando um consumo urbano per capita anual de R$ 14.297,74. Neste ano, o consumo da população residente na área rural baterá nos R$ 122,5 bilhões. O IPC Maps de 2011 consolida a importância da classe C – C1 (renda de R$ 1.650) e C2 (renda de R$ 1.100) – que, mesmo segmentada, evidencia a potencialidade de consumo ao concentrar o maior contingente de domicílios urbanos – mais de 24 milhões, ou seja, 49,3% dos domicílios brasileiros –, respondendo por 29,6% de tudo que será consumido no País, observa Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo. Pazzini ressaltou que a classe C vai absorver um valor próximo de R$ 690 bilhões do consumo nacional, elevando o seu poder de compra em relação a 2010, cerca de 19%, quando essa cifra era de R$ 579,7 bilhões. A classe média teve um crescimento significativo de 2010 para 2011, da ordem de 20%, superando o patamar de R$ 1 trilhão de consumo, puxado pelas classes B2 (com cerca de R$ 592,5 bilhões), que tem renda de 2.759, e C1 (cerca de R$ 440,4 bilhões). Responde por 44,3% do total previsto para o País, em 2011, percentual significativamente superior a demanda de 2010, quando a participação foi de 41,4%. Já as classes A1 (renda de R$ 13.100), A2 (renda R$ 9.100) e B1 (R$ 4.900), topo da pirâmide social, disputarão o poder de compra com a classe média com outros R$ 929,4 bilhões (39,9%). Em termos de mobilidade social nas áreas urbanas, houve crescimento significativo na população das classes B2 e C1, evidenciando a força do consumo da classe média brasileira. Esse aumento quantitativo de pessoas provém normalmente das classes C2 e D (renda de R$ 710), que em 2011 representa também expansão de renda para consumo. Nas classes A2, D e E (renda de R$ 490), entretanto, observou-se um contingente menor de pessoas, mas com aumento no potencial de consumo das classes A2 e D, na comparação de 2011 com 2010. Segundo levantamento, o maior crescimento ocorrerá na classe B2, representada por domicílios com rendimento médio de R$ 2.750,00/mês, que contém 20.9% dos domicílios urbanos em 2011 (ante 19,3% em 2010), e será responsável por 25,4% do consumo nacional (ante 23,7% em 2010). “Esta movimentação de domicílios entre as diversas classes econômicas significa oportunidade de mercado para as empresas, através do planejament o adequado de produtos e serviços às demandas destes novos consumidores”, ressaltou Pazzini. Entre os itens mais consumidos estão: manutenção do lar (26,4%), alimentos e bebidas (17,1%), higiene e saúde (8%), transportes (7,5%), vestuário e calçados (4,7%), recreação e viagens (3,4%), educação (2,4%), eletrodomésticos e equipamentos (2,2%), mobiliário e artigos do lar (1,8%) e outras despesas (25,9%). Cenário Regional A região Sudeste mantém a liderança, apesar de ter sido a única a ter perda de participação no consumo nacional entre 2010 e 2011. O Sudeste projeta uma participação de 52,2% em 2011. Registrou 52,7%, em 2010. Em todas as outras regiões verifica-se leve aumento de participação, sendo as do Sul e Centro-Oeste que mais aumentaram suas presenças – o Sul fica com 16,6% (contra os 16,5, em 2010) e o Centro-Oeste marca 7,9% ante os 7,7% apresentados no ano passado. A região Norte deve partici par com 5,4% (em 2010, marcava 5,3%). No ranking do IPC Maps, a região Nordeste continua na segunda posição, a frente da região Sul e atrás da região Sudeste, tradicionalmente a primeira colocada neste ranking. As 50 maiores perdem participação, mas concentram quase a metade do consumo. Os 50 maiores municípios brasileiros responderão por 44% do consumo nacional, em 2011. No ano passado, estes municípios eram responsáveis por 45,8%. No topo do ranking, os oito principais mercados perderam participação no potencial de consumo entre 2010 e 2011. O maior mercado continua sendo São Paulo, que responderá em 2011 por 9,49% e o Rio de Janeiro por 5,427% do consumo nacional – no ano passado os indicativos eram de 9,64% e 5,87%, respectivamente. Entre as variáveis do cenário nacional, o IPC Maps aponta perda de potencial de consumo entre as 27 capitais quando comparado com 2010, revelando uma tendência à descentralização do consumo para o interior. A participação das capitais será de 32,7% em 2011, ante os 34,5% registrados em 2010. Em valor, a participação das 27 capitais brasileiras será equivalente a R$ 802,8 bilhões. Por meio do IPC Maps é possível detectar o perfil dos consumidores por classe econômica e onde gastarão seu dinheiro. Os itens básicos liderarão os gastos, como manutenção do lar, que incorporam despesas com aluguéis, impostos e taxas, luz-água-gás (26,4%), alimentos e bebidas (17,1%), higiene/cosméticos e saúde (8,0%), transportes/veículos (7,5%), vestuário e calçados (4,7%), seguidos de recreação e viagens (3,4%), educação (2,4%), eletrônicos-equipamentos (2,2%), móveis e artigos do lar (1,8%) e fumo (0,5%). O viés do consumidor mostra que a sociedade economicamente ativa brasileira conta atualmente com 89,7 milhões de pessoas – 46,5%, na faixa etária dos 20 aos 49 anos –, e que outros 20,5% (39,6 milhões) já estão com 50 anos ou mais. A população de jovens e adolescentes vem em seguida, com uma população de 34,6 milhões de pessoas na faixa etária de 10 a 19 anos. A população infantil, compreendida pelas faixas etárias de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos é a menos populosa, evidenciando o envelhecimento gradativo da população brasileira. Nestas duas faixas etárias teremos 29,1 milhões de crianças em 2011, correspondente a 15,1% da população estimada para 2011.


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