As empresas paulistas tiveram um faturamento real de R$ 15,1 bilhões nas vendas on-line em 2015, o que representa uma queda de 0,6% em relação ao ano anterior, segundo dados da FecomercioSP.
"O consumidor on-line também sentiu o peso da inflação elevada, da escassez de crédito e do aumento do desemprego", diz Vitor França, economista da entidade.
Nem mesmo o desempenho da Black Friday ajudou a salvar o setor da crise.
O mês de novembro, quando é feita a promoção, é o mais rentável do ano. Representou 13% das vendas em sites em 2015 -dezembro, com o Natal, foi apenas o quarto da lista (8,3%).
A participação do varejo eletrônico nas vendas também é maior em novembro, 5,2% contra 3,5% na média.
Apesar da queda do faturamento, o gasto médio do consumidor on-line cresceu. Foi de R$ 338 em 2014 para R$ 368 no ano passado.
O aumento reflete a menor presença dos compradores da classe C, que sentem mais o impacto da inflação no seu poder de compra.
"Houve uma mudança no perfil do cliente dos sites. Nos últimos anos, o consumidor da classe C ajudou a alavancar as vendas. Agora, as classes A e B, que gastam mais, ganharam mais peso nesse varejo", afirma França.
Na cidade de São Paulo, a queda no faturamento foi maior, de 2,58%, somando R$ 5,5 bilhões.
"No interior e no litoral, as opções de lojas físicas são menores e o consumidor recorre mais à internet."
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