Os preços de combustíveis aceleraram e a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) disparou a 2,48% em abril, de 1,18% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (18), chamando a atenção para os níveis elevados de disseminação das pressões inflacionárias.
O dado divulgado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 2,20%, e levou o índice a acumular avanço de 15,65% em 12 meses.
Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 2,81%, de 1,44% no mês anterior.
“A contribuição dos combustíveis foi destacada para o avanço da taxa do IPA”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
“No entanto, as pressões inflacionárias andam muito disseminadas e, mesmo excluindo a contribuição da gasolina (0,15% para 18,73%) e do diesel (0,24% para 24,90%) no IPA, a variação média do índice ao produtor ficaria em 1,81%, superando a variação apurada pelo IPA em março”, acrescentou.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, teve alta de 1,67%, também acelerando em relação à taxa de 0,47% registrada em março.
Entre os componentes do índice ao consumidor, o destaque ficou com o grupo Transportes, que saltou 3,42% em abril, depois de subir apenas 0,16% em março.
A principal contribuição para esse movimento partiu da gasolina, que disparou 7,62% no período, ante queda de 1,18% vista no mês anterior.
Os preços domésticos dos combustíveis aumentaram acentuadamente desde o início da guerra na Ucrânia, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em meio a temores de restrição de oferta.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,17% no período, depois de avançar 0,34% em março.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
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