Por mais que estes números reflitam realmente uma diminuição no fluxo de veículos em alguns horários, devido à ausência dos caminhões em importantes vias de tráfego da cidade, a melhora no trânsito não é um efeito direto das restrições.
Pelo contrário. Esta melhora pode ser ilusória, já que as restrições têm obrigado as empresas a realizar as operações de coletas e entregas no Centro Expandido da cidade com a utilização de veículos menores, o que faz com que mais veículos vão às ruas, disputando mais espaço do viário urbano e somando mais motores a diesel emitindo poluentes no ar que respiramos.
O SETCESP continua com sua posição contrária às restrições, pois conhece a realidade da logística urbana de São Paulo e já comprovou que o caminhão não é o vilão do trânsito. Com as restrições, regiões produtivas inteiras estão isoladas, sem poder receber insumos ou despachar produtos finalizados, como é o exemplo da zona sul, onde milhares de empresas, principalmente indústrias, sofrem com problemas logísticos sérios por causa das restrições.
A distribuição de mercadorias no Natal, época de grande demanda para o transporte na cidade, poderá ficar prejudicada com as restrições. O SETCESP continua com seu trabalho para o diálogo sobre estes importantes temas para a mobilidade urbana de São Paulo.
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