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Carbono neutro ou Net Zero: entenda as diferenças – SETCESP
Carbono neutro ou Net Zero: entenda as diferenças
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Descubra também como tornar sua empresa mais sustentável com a aquisição de créditos de carbono

“Somos um setor chave para promover a redução das emissões e a manutenção da temperatura do planeta”, alertou Rafael Tello, embaixador do movimento Net Zero do Pacto Global e diretor de sustentabilidade do Grupo Ambipar. Ele foi um dos palestrantes na reunião da Comissão de Sustentabilidade, que ocorreu em 30 de março.

O acordo de Paris prevê que todo o sistema econômico, trabalhe para que até 2050, seja gerado, no máximo, um aquecimento de um grau e meio. Mas para Tello, o fato de o transporte ser um setor que viabiliza outras atividades, o faz ser considerado um ponto central para a redução e o controle das emissões de gases do efeito estufa.

“Precisamos controlar a capacidade da energia que entra no planeta através dos raios solares, caso isso não ocorra, o clima vai esquentar gerando alguns impactos devastadores”, lembra o embaixador apresentando na sequência, quais são os três tipos de emissões que as empresas fazem:

– No nível um, aparecem as emissões diretas que decorrem justamente da atividade da companhia. 

 – Já no escopo dois estão aquelas emissões que ocorrem fora da empresa, mas pela qual a organização é responsável, como a energia elétrica que é comprada.   

 – Em terceiro e último, são as emissões que ocorrem na cadeia de valor tanto dos fornecedores quanto dos clientes. A exemplo, a contratação e subcontratação de transporte.

“Nós como transportadores costumamos estar no nível três. Nossas emissões ocorrem porque nossos clientes precisam do nosso serviço. Só que eles, para reduzir a emissão em suas cadeias de valor, necessitam do nosso apoio”, explica.

Segundo o especialista, isso tem sido uma premissa levantada por muitos embarcadores, que querem o auxílio das empresas de transporte para reduzir de forma colaborativa as emissões. Muitas destas organizações desejam ser reconhecidas como empresas Carbono neutro ou Net Zero.

Tello destacou a diferença desses novos termos relacionados à sustentabilidade. “Toda a empresa que cria mecanismos onde consegue fazer com que as suas emissões sejam completamente compensadas, inclusive com a compra de crédito de carbono, são consideradas empresas Carbono neutro.  Já Net Zero, é conseguir que a organização tenha em toda a sua cadeia de valor, em todos os níveis, um, dois e três — zero emissão de carbono. Sendo que 90% disso seja por via de redução”. Algo para ele tangível, mas desafiador.

De forma mais detalhada, Carbono neutro é um estado que as empresas podem atingir, medindo as emissões atuais e usando compensações de carbono para reduzi-las.  O Net Zero, por outro lado, é uma meta de longo prazo em que as compensações são permitidas apenas para uma pequena fração das emissões inevitáveis.

Para alcançar esses patamares, a primeira coisa que a organização tem que fazer é um inventário, que totaliza a quantidade gases do efeito estufa que são emitidos por ela e identifica em sua cadeia de valor, o nível onde é preciso melhorar.

Compensação de carbono

Outro especialista no assunto, Murilo Ferreira, fundador da Celo4 Earth, que mantém a plataforma Verden, esclareceu durante a reunião, como funciona a compra de crédito de carbono. A interface digital que, ele ajudou a criar, oferece soluções de compensação de emissões e consegue fazer de forma prática o inventário de gases de efeito estufa gerado pela transportadora.

“A Verden possibilita que a empresa de transporte adquira algo que tem real valor no mercado. Esses créditos de compensação são reconhecidos em 195 países. Sabe-se que o setor tem uma demanda urgente, mas como fazer com que essa solução seja aplicável ao dia a dia de uma transportadora? A Verden foi pensada e estruturada para isso”, afirma o fundador da Celo4 Earth.

A plataforma oferece a possibilidade de compensação imediata das emissões pela compra de créditos de carbono que, de acordo com Ferreira, são ativos lastreados de projetos sustentáveis. Entre os proponentes, está a empresa mineira Rima Industrial e seus dois projetos: Substituição do S6 na fábrica de Magnésio e Substituição de combustível na unidade de Bocaiúva.

Há vários tipos de ações que possibilitam a preservação do meio ambiente. Uma vez que, de forma comprovada, tal projeto traz um benefício real ao planeta, ele pode receber a chancela da ONU (Organização das Nações Unidas) e ser transformado em um título, que depois pode ser comercializado. É o que acontece atualmente, com os projetos da Rima.

“A inteligência do mercado de carbono é garantir que quem tem um projeto de sequestro de carbono, possa mantê-lo recebendo o apoio e financiamento de quem compra o crédito de carbono”, esclarece Ferreira informando que essa compra de crédito de carbono também é oferecida via plataforma.

Um critério que impera neste mercado é a chamada adicionalidade. Ou seja, quem tem projetos de redução de carbono e faz uma compensação que supera a emissão de suas atividades, tem condições de gerar créditos para outras empresas, que compram na busca de diminuir os efeitos de suas emissões de gases estufa.

“Importante destacar que a empresa que está comprando créditos de carbono, não está financiando o balanço patrimonial ou lucro da empresa que está fazendo esse sequestro”, garante o fundador da Celo4.

Ele avisa que em breve haverá na plataforma Verden a opção por outros projetos, além dos desenvolvidos pela Rima Industrial, reforça também que o mercado de carbono não é só de redução de emissão de gases estufa, mas contabiliza-se ainda os benefícios sociais entregues.

Por meio de uma parceria entre a FETCESP (Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo) e a Celo4 Earth, os associados ao SETCESP tem acesso gratuito a plataforma Verden, para fazerem de forma prática seu inventário de emissões e a compensação de carbono.

“Trabalhar a agenda climática é uma necessidade do negócio, não estamos falando apenas de custo, e sim, de risco. O nosso planeta é maravilhoso, mas vulnerável”, lembra Tello.

Clique e saiba mais sobre a Verden.

 

Fica a dica!

Formas que as transportadoras têm para reduzir as emissões:

  • Melhoria tecnológica e diminuição nos processos;
  • Por meio da capacitação dos motoristas, para que conduzam de uma forma mais eficiente e assim, promover uma redução de emissão por quilômetro rodado;
  • Na troca de um veículo por outro menos poluente;
  • Na retirada de gases de efeito estufa, que estão na atmosfera. [“A ferramenta mais eficaz para fazermos isso é a chamada ‘árvore’, amplamente conhecida não?!];
  • Por compensação. Para os casos em que a empresa não tem como reduzir mais as emissões em suas operações, mas consegue investir e em ações de outras organizações.

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