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15 de Maio de 2014 – 11h50 horas / CNT

Durante uma viagem, a cabine do caminhão é muito mais que isso. É a casa e o escritório do motorista. E é justamente por isso que cada vez mais a boleia está equipada com novos instrumentos, softwares e estruturas que buscam garantir mais conforto e possibilidades novas de trabalho e de descanso.
 

Quem conheceu o painel de veículos mais antigo, somente com indicadores e comandos essenciais para o manuseio do veículo, hoje pode se surpreender ao ver o que a evolução tecnológica permite para quem trabalha com os caminhões. Computadores que indicam o desempenho durante a viagem, piloto automático, programação para a mudança das marchas, registros da viagem para melhorar o gerenciamento da frota e a eficiência no percurso são apenas alguns itens que vêm aprimorando e facilitando a atividade.


Segundo as fabricantes, algumas das prioridades das ferramentas são o conforto ergonômico e o aumento da segurança, permitindo que o foco do condutor, durante o percurso, seja exclusivamente a estrada. “Aquela coisa de o motorista chegar exausto por causa da troca de marcha não existe mais”, diz Marcel do Prado, responsável pelo portfólio de produtos da Scania no Brasil. “O que verificamos em expansão são as transmissões automatizadas. Mais de 90% dos caminhões já saem de fábrica com essa condição”, afirma André Lourenço, do Marketing de Produtos – Caminhões Pesados da Iveco.


É como se os caminhões estivessem mais ‘inteligentes’. “Além do câmbio, a transmissão automática interage com o freio e com a programação do piloto automático”, relata Prado, da Scania. Assim, se o caminhoneiro programou o piloto automático para uma velocidade de 60 km/h no caso de uma subida, por exemplo, o próprio sistema faz a troca de marcha automática, adequando a velocidade às condições da estrada. O uso do freio de serviço, que reforça o controle da velocidade, também pode ser ativado ou desativado automaticamente ou pelo condutor, por meio de um dispositivo instalado no volante.


Na direção, também, que o caminhoneiro pode controlar o rádio ou até mesmo atender ao celular. Como o equipamento vem integrado com Bluetooth, o telefone pode ser conectado ao rádio. Um sistema interno de alto-falantes e um microfone instalado junto ao banco do motorista permitem que o diálogo ocorra sem que se perca o foco da estrada.  


“Hoje tem até geladeira dentro do caminhão. Se a pessoa quiser deixar uma fruta, uma água, vai ter na temperatura que quiser, além do ar condicionado digital, que garante maior comodidade”, complementa Lourenço.


Aumento da vida útil

Os novos dispositivos para controle dos caminhões também resultam em economia de combustível e no aumento da vida útil dos veículos. Um dos sistemas possibilita registro sobre todos os dados da viagem. “Se quiser analisar performance do caminhão, informações sobre a viagem, velocidade, freadas, combustível utilizado, tudo isso facilita a gestão da frota e também aumenta a segurança do motorista”, diz o responsável pela gama de pesados da Iveco.


No mercado, também já existem computadores de bordo que alertam sobre condutas inadequadas e sobre como o motorista pode melhorar a condução para deixar a viagem mais econômica.


Para lidar com tanta novidade, cursos de qualificação e treinamentos são indispensáveis. Mesmo porque o desenvolvimento de novas tecnologias ocorre em velocidade cada vez maior. As fabricantes mantêm equipes de centenas de engenheiros em pesquisas diárias para atender a novas demandas e desenvolver ferramentas cada vez mais eficazes.


A busca por capacitação pode partir do próprio caminhoneiro, mas as formações também são oferecidas pelas empresas de transporte em parceria com instituições, como o Sest Senat, e com as fabricantes, que repassam as informações e os procedimentos técnicos mais adequados a cada tipo de veículo.


Entre elas, por exemplo, Visão Integrada do Sistema de Transportes; Segurança, Meio ambiente e Saúde; O Transporte de Carga e o Papel do Motorista; Direção Defensiva; Qualidade na prestação do serviço de carga; Documentação do transporte de cargas; Mecânica Básica; Equipamentos de segurança e controle operacional embarcados; Transporte de carga geral; e Prática na condução de veículos de transporte de carga.


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