BR-319 é solução para integração econômica da Amazônia
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A obra de asfaltamento da BR-319 é essencial para a integração da Amazônia, sendo a única ligação por terra de Manaus a Porto Velho, e partir daqui segue pela BR-364 ligando a Amazônia ao Centro-Sul do País, conectando a Cuiabá (MT), Brasília (DF) e São Paulo (SP) e outras capitais. Esse projeto de integração nacional construído entre 1968 e 1973, possibilitou a ocupação da Amazônia de forma a garantir o controle estratégico da região, durante o governo militar, em que o lema era: Amazônia – integrar para não entregar.

E não foi apenas para a migração que essa estrada teve sua importância. Foi o principal canal de transportes de cargas, encurtando distâncias e facilitando o vai e vêm mercadorias. A Zona Franca de Manaus tinha essa rodovia como meio de exportações e Rondônia se beneficiava com isso, sendo ponta de conexão, além de promover exportações. Ainda hoje, o nosso estado vende muito para o Amazonas, principalmente alimentos para Manaus, que seguem em longas viagens de barcos e balsas. Com a rodovia trafegável, será possível vender mais, exportar mais e ganhar mais, já que o tempo de deslocamento de cargas será basicamente de um dia para o outro.

A reconstrução da BR-319 tornou bandeira de luta do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) desde o seu primeiro mandato no Senado Federal. Organizou caravanas, sensibilizou lideranças, debateu sobre a importância econômica para Rondônia e Amazonas, o que reacendeu a esperança de integração, mesmo enfrentando duras pressões contra o projeto. Depois de anos nessa luta, finalmente parece que a estrada abandonada voltará a ser uma rodovia. O presidente Jair Bolsonaro, durante reunião do Conselho Deliberativo da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), na semana passada, anunciou que a reconstrução da estrada é sua prioridade e vai acontecer.

Na última terça-feira (30), o ministro de Infraestrutura assinou a delegação dos Portos de Manaus ao Governo do Amazonas, e no mesmo ato delegou também a rodovia. Isso porque, dos 885 quilômetros de extensão da BR-319, apenas 65 quilômetros estão em Rondônia e esse trecho está asfaltado e conservado, inclusive até Humaitá (à 150 quilômetros de Porto Velho). O problema sempre esteve nos 820 quilômetros dentro do Amazonas. Pior ainda, o trecho conhecido como Meião, onde estão cinco reservas ecológicas trancando a rodovia. Apesar da importância da preservação ambiental desse trecho, onde tem as nascentes de importantes afluentes das bacias dos rios Purus e Madeira, a rodovia também surge como essencial, bastando considerar no projeto meios que possam aliar a estrada ativa e as reservas preservadas.

Pelo visto valeu a pena os anos de lutas e enfrentamentos para que a BR-319 pudesse voltar à sua principal razão de existir que é a integração da Amazônia. Acreditamos que dessa vez será reconstruída e as viagens entre Porto Velho e Manaus serão mais rápidas, servindo de canal de transportes de pessoas e de cargas para os dois estados.


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