Artesp define número de pedágios
Compartilhe
27 de Junho de 2008 – 10h00 horas / JCNet
A Agência Reguladora de Transporte de São Paulo (Artesp) definiu a quantidade de pedágios do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. Em todas as praças a cobrança será bidirecional, isto é, dos dois lados.
A rodovia Marechal Rondon oeste (Bauru a Castilho) terá oito praças de pedágio na ida e mais oito na volta. A Rondon trecho leste terá sete praças em cada sentido, sendo que a localizada em Areiópolis será desativada.
No caso da Raposo Tavares, são nove praças em cada lado. Integrada à concessão para ser duplicada, a rodovia SP 225 (Bauru-Ipaussu) contará com duas praças.
De acordo com o diretor de investimentos da Artesp, Theodoro de Almeida Pupo Jr., os locais onde as cabines serão instaladas estarão disponíveis na próxima semana porque ainda é possível que haja mudança dos pontos.
A reunião nesta quarta-feira(25) referente ao Corredor Raposo Tavares encerrou as audiências preparadas pela Artesp com relação ao programa de concessões. Serão concedidos cinco lotes de rodovias que totalizam 1.763 quilômetros: trechos oeste e leste da Marechal Rondon, Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Dom Pedro I e Raposo Tavares.
A malha rodoviária concedida receberá investimentos da ordem de R$ 8 bilhões. As concessionárias vencedoras também serão responsáveis pela manutenção de 916,8 quilômetros de rodovias vicinais que receberão R$ 500 milhões em recursos, atingindo 93 cidades do Estado.
O modelo para todos os lotes é o de concessão onerosa por 30 anos. O valor de outorga soma R$ 3,471 bilhões a ser paga pela concessionária vencedora da licitação ao Estado em 18 meses. Como critério de julgamento será adotada a menor proposta tarifária, considerando os tetos de R$ 0,10 por quilômetro para pistas duplas e R$ 0,77 por quilômetro para pistas simples.
A previsão é que ao longo da concessão, as duplicações, implantações de novos trechos rodoviários e de faixas adicionais chegarão a 660 quilômetros. Serão construídos 274 quilômetros de marginais, 279 quilômetros de acostamentos, 83 passarelas e 221 trevos, retornos e obras de arte especiais
O cronograma para concessão de cinco trechos de rodovias paulistas deve ser concluído até o final deste ano. Isso sem contar os prazos legais para eventuais recursos na fase de licitação.
Na segunda, terça e quarta-feira desta semana aconteceram as audiências públicas. No mês que vem o governo publica os editais. Em setembro serão discutidas as propostas de tarifas básicas e a metodologia de execução e verificação de documentos. Os vencedores das licitações serão conhecidos em outubro e em dezembro acontece a assinatura do contrato, conforme o cronograma da Artesp.
Reajuste dos pedágios beneficia concessionária
DCI
O reajuste de 11,52% das tarifas de pedágios, conforme anunciado nesta semana pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), indica um cenário positivo para investidores da Companhia de Concessões de Rodovias (CCR) – que agrega a gestão de concessionárias como NovaDutra, ViaLagos, RodoNorte e AutoBan – e para os da OHL, que responde por Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte.
Conforme a corretora Socopa, o setor tem grande parte de sua receita e de seus custos imune ao efeito de escalada da inflação, por causa do “casamento das taxas inflacionárias dentro dos custos de operação e despesas operacionais versus o reajuste tarifário“. Segundo os especialistas, o ramo vive um bom momento: liberação de crédito para compra de automóveis, evolução do agronegócio (com expectativa de safra recorde) e incremento da produção industrial estimulam o aumento do tráfego, gerando receitas maiores com o pedágio.
Na avaliação da corretora Ativa, para a CCR, o impacto do reajuste será de 54% da receita apresentada no primeiro trimestre, considerando Autoban e ViaOeste – duas importantes concessionárias. Vale lembrar que os ganhos líquidos da companhia somaram R$ 620,4 milhões no período. Para a OHL, os analistas estimam reflexo de 100% sobre a receita também do primeiro trimestre, sendo que o resultado líquido da gestora ficou em R$ 156 milhões entre janeiro e março.
A Socopa colocou os papéis da CCR em revisão, mas disse recomendar a compra dos ativos da OHL, com preço teórico de R$ 30,78 por papel.
Cotações
No pregão de ontem, as ordinárias da CCR fecharam cotadas a R$ 32,90, com queda de 1,79% sobre a abertura. As ON da OHL encerraram a R$ 26,40 (0,49%)

voltar