Anchieta tem 14% mais caminhões e 11% mais acidentes
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20 de Setembro de 2010 – 10h00 horas / O Estado de S.Paulo
O tráfego de caminhões na Rodovia Anchieta cresceu 14% nos sete primeiros meses deste ano no sentido da Baixada Santista, em comparação com o mesmo período de 2009. E juntamente com esse aumento também vieram mais acidentes. De acordo com a concessionária Ecovias, que administra a rodovia, houve 11,48% a mais no período. Mas o número de mortes caiu de 69 para 65.
A inauguração do Trecho Sul do Rodoanel foi a principal causa para o aumento no tráfego de caminhões, de acordo com a Ecovias. “Como não precisam mais programar suas viagens nos horários fora das restrições que existem dentro da cidade de São Paulo, a chegada à Baixada se dá durante todo o período comercial, coincidindo com os horários de pico da manhã e tarde na Baixada Santista, o que também faz aumentar os congestionamentos“, afirmou o diretor-superintendente da concessionária Humberto Gomes. O Estado mostrou ontem que o movimento para o litoral cresceu em 1,2 milhão de veículos desde a abertura do Rodoanel.
Entre 1.º de janeiro e 31 de julho, já desceram a Serra do Mar pelo Sistema Anchieta-Imigrantes 3.641.152 caminhões. No mesmo período do ano passado foram 3.200.152. Vale destacar que os caminhões que passam pela Imigrantes, antes de descer a Serra, são obrigados a acessar a Anchieta pela interligação. Já a quantidade de acidentes passou de 1.472 nos sete primeiros meses de 2009 para 1.641 no mesmo período de 2010. Desse total, foram 880 somente na Anchieta, o que representa um aumento de 23,77% (em 2009 foram 711).
O trecho com maior aumento é o da Baixada Santista, com acréscimo de 250% (foram 250 registros no período). Na serra, houve 432 acidentes neste ano até 31 de julho, ante 375 em 2009, acréscimo de 15,2%. No trecho de planalto – entre a capital e São Bernardo do Campo – houve redução de 27,8%. Foram 189 acidentes somente com caminhões, ante 262 no ano passado. “Não tem jeito. Você pode sair o mais cedo que puder de São Paulo e quando chega perto do Porto já começa a ficar tudo parado. É uma mistura de caminhão com ônibus e carros perto de Alemoa. Precisa de muita paciência. E tem muita gente que abusa no volante e é acidente na certa“, diz Roberto Antonio Rodrigues, caminhoneiro autônomo há 30 anos. “Se todo mundo respeitasse os limites haveria menos acidentes.“
A empresa alega que as rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes têm “ótima capacidade de tráfego e comportam o aumento de fluxo“. A companhia também vem desenvolvendo um plano de redução de acidentes, com reforço na sinalização horizontal e vertical em alguns pontos, instalação de radares e lombadas eletrônicas. No entanto, admite que existem alguns gargalos especialmente na região do Polo Industrial de Cubatão e no acesso ao Porto de Santos que complicam o trânsito de veículos nos horários de pico e aumentam os riscos de acidentes.
Carga. Hoje, cerca de 80% da carga que chega ao Porto de Santos é transportadas pela rodovia. Dados da Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp) mostram que as exportações neste ano podem chegar a 94,4 milhões de toneladas, 13,7% a mais que as 83 toneladas de produtos brasileiros enviadas aos exterior em 2009. (Eduardo Reina – O Estado de S.Paulo)

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