A revolução gerencial
Compartilhe

Em seu livro “Sociedade Pós-Capitalista” (Ed. Pioneira, 1993) Peter Drucker, o Pai da Administração Moderna, fala da evolução do conceito de “gerente”.

Afirma Drucker que logo após a segunda guerra mundial que foi de 1939 a 1945, um gerente era definido como “alguém que é responsável pelo trabalho de subordinados. ” Em outras palavras o gerente era um “chefe” e gerência era uma posição de poder. Já nos anos 50 do século XX, a definição de gerente já havia mudado para “alguém que é responsável pelo desempenho das pessoas”.

Drucker afirma, porém que essa definição também não é completa. A definição completa e correta é aquela de afirmar que “gerente é alguém responsável pela aplicação e pelo desempenho do conhecimento. ”

Esta mudança, explica Drucker, é porque hoje vemos o conhecimento como recurso essencial de qualquer organização. Terra, mão-de-obra e capital são importantes, afirma ele, mas como “restrições”, pois sem eles nem mesmo o conhecimento pode produzir. Mas a partir daí a gerência eficaz significa “a aplicação do conhecimento ao conhecimento” que fará com que a organização obtenha novos recursos, sempre a partir da gestão do conhecimento. Isso ele chama de “Revolução Gerencial. ”

O essencial, no entanto, é que essa evolução da gerência significa que não basta uma pessoa ser culta, inteligente, saber muitas coisas. O gerente precisa entregar resultados práticos e não só teóricos. De nada adianta um gerente ser muito competente em coisas sem importância prática para o resultado concreto de uma organização.

Na idade antiga e na idade média, a base do conhecimento era a gramática, a lógica e a retórica. As pessoas eram ensinadas a saber o que dizer e como dizer o que deveria ser dito.

Hoje um gestor tem que saber o que fazer e como fazer o que precisa ser feito. A maior mudança foi do saber dizer, para o saber fazer. Isso faz o gerente eficaz.

Uma sociedade baseada no conhecimento, na aplicação prática da ciência — o que se chama de tecnologia — exige gerentes que saibam o que fazer e façam o que deve ser feito e não apenas teóricos encastelados em suas salas, distantes da realidade concreta da empresa, da organização, das pessoas e do mercado.

Pense nisso. Sucesso!


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.