À CNN, Bolsonaro diz que espera solução “sem traumas” sobre combustíveis
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Ficou para esta terça-feira (8) a apresentação de alguma solução para frear o preço dos combustíveis da Petrobras.

Encontros foram feitos ao longo do dia, no Palácio do Planalto, com integrantes da equipe econômica, da Casa Civil e de representantes do Ministério de Minas e Energia para encontrar uma possível solução.

À noite, o presidente Jair Bolsonaro (PL) relatou à CNN que participou de uma das reuniões e afirmou que espera uma solução ainda nesta terça.

“Houve algumas reuniões. Eu participei de uma, mas esperamos uma solução para amanhã [terça] sem qualquer trauma para ninguém. O que acontece lá fora é algo atípico e por isso que vamos buscar uma solução”, destacou.

Subsídios temporários

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o governo estuda a possibilidade de mudança na política de preço da Petrobras, hoje atrelada ao dólar e ao valor do barril de petróleo Brent, que chegou a 140 dólares nesta segunda-feira, no mercado internacional.

No entanto, alguns integrantes do governo divergem, porque acreditam que mudanças podem provocar perdas à estatal. Um subsídio temporário também é defendido por uma ala do governo. A ideia é usar parte do lucro da Petrobras (mais de 37 bilhões de reais).

A equipe econômica, no entanto, defende a aprovação imediata do PLP (projeto de lei complementar) 11/2020, que altera as regras do ICMS sobre os combustíveis e que está no Congresso Nacional, mas é contra a criação de fundos e subsídios temporários para baratear o valor repassado ao consumidor.

“A mudança na política de preço é uma das possibilidades. A Petrobras teve um lucro de 1.400%, chegando a 106,6 bilhões de reais em 2021. Quem ganhou com isso? Acionistas minoritários. E o acionista majoritário, que é o governo, que é o povo? O que ganhou? Nada. Usar o lucro da Petrobras para conter esse aumento também seria uma solução”, ressaltou um integrante do Ministério da Economia.


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