31% das companhias pretendem intensificar o uso de tecnologias na retomada aos escritórios
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Dados são do levantamento “Os impactos da pandemia nas lideranças e as ações que ajudarão as empresas nesse momento de retomada”, da área de Liderança e Gestão de Pessoas da escola de negócios

Após cerca de cinco meses de isolamento social, algumas empresas brasileiras começam a planejar o retorno gradual aos escritórios. Visando auxiliar estas companhias em seus processos de retomada, a área de Liderança e Gestão de Pessoas da Fundação Dom Cabral – a 9ª melhor escola de negócios do mundo, de acordo com ranking de 2020 do jornal britânico Financial Times – divulga a pesquisa “Os impactos da pandemia nas lideranças e as ações que ajudarão as empresas nesse momento de retomada”. O levantamento foi liderado pelos professores Paulo Almeida e Leni Nunes, especialistas no tema, e contou com 153 empresas. Seu objetivo é dar um panorama de como andam os processos de retomada nas companhias.  

A pesquisa abarca diversos setores, como os de finanças, serviços, saúde, consultoria, varejo. Dentre as empresas participantes, 49% têm faturamento anual de até R$ 99 milhões e 39% contam com mais de 500 colaboradores. O levantamento foi dividido em quatro etapas de análise, que são entendidas como as mais relevantes para a gestão de pessoas no pós-crise da pandemia. São elas: receber os colaboradores, rever os processos, redesenhar estruturas e liderar a mudança.  

“A ideia destas divisões ao longo da pesquisa é auxiliar as companhias em seus processos de comunicação, ações de acolhimento e preparação das lideranças para a retomada”, conta o Professor Paulo Almeida. “Além disso, outros objetivos são: os planos para a implementação das mudanças e as alternativas de estrutura, bem como o seu impacto nas empresas”, explica. 

20% das companhias disseram que pretendem adotar plataformas flexíveis no retorno dos colaboradores; 17% afirmaram que irão adotar um plano de comunicação para a retomada; o mesmo percentual afirmou que irá rever os espaços físicos que possuem. Outros 31% disseram que pretendem intensificar o uso de tecnologias, enquanto 22% redesenharão o uso destes sistemas. Vale ressaltar também que o agente tomador de decisão nessa retomada é a diretoria de cada empresa – de acordo com 37% dos respondentes.

Distante da transformação ideal 

A pesquisa também propôs um índice que tem potencial para indicar em que pé estão as companhias para a as mudanças que delas serão exigidas no pós-Covid-19. Considerando uma régua que varia entre 0 a 100, o resultado geral das empresas foi de 41,97 pontos.   

“Isso demonstra com clareza que a imensa maioria das companhias avaliadas não se encontra nem na metade do processo de transformação para encarar os desafios do pós-pandemia que o mercado exigirá delas”, alertou o Professor da Fundação Dom Cabral. 

Os setores que tiveram os melhores resultados na medição foram: educação (53), tecnologia da informação (51) e bens de consumo (48). 

“Entre os principais desafios que estas companhias têm para atingir  o ideal de transformação estão quesitos como engajar os times nesse retorno, com o objetivo de que eles entreguem com mais agilidade os resultados necessários; a apresentação de modelos de desempenho organizacional – como metas e incentivos -, além da necessidade de que estas companhias se planejem e revisem a sua nova estrutura organizacional”, explica Almeida.  


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