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19 de Setembro de 2017 – 01h47 horas / FecomercioSP

Segundo a Entidade, o faturamento real do comércio varejista na capital cresceu 4%, em relação a junho de 2016, e 4,8%, no acumulado do primeiro semestre.

 

As vendas do varejo na capital paulista cresceram 4% em junho, em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi a quarta maior cifra registrada para um mês de junho. O comércio varejista faturou R$ 15,6 bilhões no mês, R$ 600 milhões a mais do que o apurado em junho de 2016. Com esses resultados, a taxa acumulada no primeiro semestre do ano foi de 4,8%, que, em termos reais, representa um crescimento de R$ 4,2 bilhões em comparação ao apurado entre janeiro e junho do ano passado.

 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

 

Seis das nove atividades analisadas apresentaram crescimento em junho, na comparação com o mesmo mês de 2016, com destaque para os segmentos de concessionárias de veículos (10,2%); farmácias e perfumarias (10,1%); e supermercados (1,7%), que em conjunto contribuíram com 3 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.

 

No sentido inverso, as quedas foram observadas nas atividades de lojas de móveis e decoração (-4,2%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-3%); e materiais de construção (-0,7%), que, juntas, impactaram negativamente com 0,5 p.p. para o desempenho geral do varejo no mês.

 

Pela segunda vez consecutiva, dentro de um período de 12 meses, a capital paulista apontou crescimento discretamente inferior à média estadual, como já havia ocorrido em maio. Mas alguns aspectos ainda mais relevantes podem ser destacados desses resultados: todas as atividades varejistas na cidade de São Paulo, à exceção de vestuário, encerraram o primeiro semestre de 2017 com taxas de vendas em crescimento, como ocorre no Estado, mas na capital a performance é muito superior: 4,8% contra 3,6% no Estado. A taxa acumulada de 12 meses, o melhor indicador da trajetória cíclica das séries, mostra um crescimento de 4%, o seu maior patamar dos últimos três anos.

 

Ao longo de todo o semestre, o varejo paulistano demonstrou um vigor expressivo, representando a consolidação do processo de recuperação do ciclo recessivo iniciado em meados de 2014.

 

Também na capital se observam indícios de recuperação no segmento ligado ao varejo de bens duráveis, como eletrodomésticos e veículos, segmentos que sofreram impactos recessivos expressivos desde 2014. Isso pode ser avaliado como decorrência de uma melhoria no nível de confiança das famílias paulistanas, o que contribui decisivamente para a saída definitiva da mais profunda crise de vendas já experimentada pelo varejo.

 

O bom desempenho das vendas já começa a surtir efeitos no mercado de trabalho. Enquanto no primeiro trimestre o varejo paulistano fechou quase 7 mil postos de trabalho, em abril, maio e junho o setor abriu 1.087 novas vagas com carteira assinada.

 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, está em curso um processo claro de recomposição da renda, via queda nas taxas de desemprego e dos juros, avanço no ritmo geral das atividades e redução continuada da inflação, fatores essenciais para a consolidação de forma sustentada do novo ciclo de crescimento das vendas também na capital, região fundamental para a obtenção dos resultados gerais no Estado, uma vez que representa mais de 30% de seu faturamento real.

 

A trajetória positiva nos indicadores econômicos permite manter as estimativas otimistas para o crescimento do varejo na capital. Nessa tendência, o modelo de projeção da FecomercioSP aponta que o faturamento real anual do comércio paulistano tende subir em torno de 7% em 2017, estimativas que mensalmente são revistas com a inserção dos novos dados consolidados de vendas e considerando o desenrolar dos fatos atuais que marcam os cenários político e econômico.


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