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29 de Outubro de 2015 – 11h29 horas / NTC&Logística

Para assegurar o escoamento ágil e eficiente da produção, no mercado interno ou para exportação, a região Sudeste precisa de R$ 63,2 bilhões de investimentos na malha de transportes. Esse é o valor necessário para executar, até 2020, 86 projetos prioritários para modernizar e integrar o sistema logístico de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Uma vez concluídas, as obras propiciarão uma economia anual de até R$ 8,9 bilhões com o transporte de cargas para o setor produtivo, com base na movimentação projetada para o fim da década.

 

As conclusões são do Projeto Sudeste Competitivo, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com as federações da indústria dos estados da região. Para se chegar aos projetos prioritários, foram analisadas 337 obras de ampliação e modernização de portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias e dutos. Executá-las por completo significaria investir R$ 219,1 bilhões, até 2020, com redução anual de R$ 13,4 bilhões em despesas com transporte.

 

Para otimizar a aplicação dos recursos, o Sudeste Competitivo selecionou o conjunto de projetos que, com o menor custo, se alcançará a maior economia. Assim, com 28,8% dos recursos (R$ 63,2 bilhões), chega-se a 66% da economia potencial (R$ 8,9 bilhões) projetada para 2020.

 

A consolidação dos eixos logísticos terá impacto significativo para a competitividade do setor produtivo do Sudeste. A região gasta, atualmente, R$ 108,4 bilhões anuais com custos de transporte – incluindo frete, pedágios, custos de transbordo e terminais, tarifas portuárias e frete marítimo, o que corresponde a 4,5% do PIB da região. Caso nada seja feito, esse valor chegará a R$ 162,8 bilhões, em 2020. Por outro lado, quando os projetos prioritários forem concluídos, o custo de transportes pago pelo setor produtivo do Sudeste poderá reduzido em até 5,4%.

Para o país, significaria agilizar e baratear o fluxo de produtos na região que representa mais da metade do PIB brasileiro e abriga o mais denso parque industrial do país, além de importantes polos agropecuários e da indústria extrativa.


Em 2012, a produção industrial do Sudeste somou R$ 1,08 trilhão, do qual 60% estão concentrados em 14 cadeias produtivas, que serão beneficiadas com a redução no custo de transporte para o recebimento de insumos e para o escoamento de sua produção, internamente ou para exportação.


Os 86 projetos prioritários constituem oito grandes eixos logísticos, grandes rotas capazes de integrar o Sudeste com os estados vizinhos e assegurar movimentação ágil e eficiente de insumos e mercadorias.


A CNI considera a realização das obras urgentes, sob risco de agravamento de trechos já congestionados e consequente elevação de custos para o setor produtivo. Metade dessas rotas estratégicas já existem e necessitam de melhorias, como ampliação e modernização. As demais, precisam ser planejadas e executadas com rapidez.

 

 

Fonte: Projetos Sudeste Competitivo/CNI

*Economia anual, com base projeção de cargas para 2020

 

Segundo o Sudeste Competitivo, a ampliação e melhoria da malha ferroviária é prioridade para melhorar o sistema logístico da região, com a maior parte dos investimentos. Até 2020, o modal exige R$ 30,7 bilhões em investimentos, ou 48,% total, para ligar importantes centros produtivos no interior dos estados a portos, principalmente. Os terminais marítimos, por sua vez, respondem por 22 projetos urgentes, que precisam de R$ 16,6 bilhões em obras de construção, ampliação e melhoria para melhorar a competitividade do setor produtivo da região (veja quadro).

      

 

Fonte: Projetos Sudeste Competitivo/CNI

 

O Sudeste Competitivo constata a necessidade urgente de acelerar o planejamento e execução das obras de infraestrutura na região. Segundo o estudo, apenas 16 das 86 obras prioritárias estão em fase de andamento. Outras 70 estão em fase de projeto, planejamento ou apenas nos planos do poder público, sem que tenham entrado na etapa inicial e elaboração do projeto básico.

Esses projetos precisam, na visão da CNI, ser acelerados sob pena de agravar o quadro de saturação já enfrentado pelas empresas para escoar sua produção. Em São Paulo, por exemplo, a BR-116 (Via Dutra) opera com quase duas vezes sua capacidade em múltiplos trechos da rodovia. Em Minas Gerais, por sua vez, o trajeto da BR-262 entre Bela Vista e Belo Horizonte recebe 32% mais carga do que comporta em horários de pico.

Fonte: www.portaldaindustria.com.br

Para acessar o estudo, use o link abaixo:

http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2015/10/26/9977/ProjetoSudesteCompetitivo-SumrioExecutivo.pdf


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