Anfavea confia em um bom quadrimestre
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08 de Setembro de 2015 – 10h22 horas / Automotive Business

As vendas de veículos continuam em queda livre e diante deste cenário resta às fabricantes reforçar suas estratégias de mercado neste último quadrimestre a fim de ganhar volume de venda e garantir a entrega das 2,77 milhões de unidades em 2015, entre leves, comerciais e pesados, conforme previsão da Anfavea que foi divulgada em junho e que está mantida pela entidade.

“Estamos trabalhando para isso. O nível de competição entre as marcas está altíssimo, com um número de promoções fantásticas no varejo. Na minha visão, este é o momento certo para adquirir um veículo novo”, afirma Luiz Moan, presidente da Anfava durante a apresentação do resultado do desempenho da indústria na sexta-feira, 4, em São Paulo.

Para chegar a este volume, a indústria terá que se desdobrar, uma vez que no acumulado do ano até agosto os licenciamentos somaram pouco mais de 1,75 milhão de unidades. Isso significa que faltam pouco mais de 1,02 milhão de unidades e as vendas deverão ser de pelo menos 256,5 mil unidades em cada um dos quatro meses restantes do ano para alcançar a meta.

Em 2014, este nível mensal era bastante comum e palpável: naquele ano, apenas o mês de março apresentou volume abaixo das 250 mil unidades. Contudo, em janeiro de 2015, quando os emplacamentos somaram 253,8 mil veículos, foi a última vez que o setor chegou perto do volume total pretendido para os quatro meses restantes do ano. Nos meses seguintes, em nenhum deles o volume total de licenciamentos chegou a 240 mil.

Mas a missão não é impossível: neste ano, apenas em fevereiro o setor apresentou desempenho abaixo das 200 mil unidades. Em agosto, as vendas fecharam com 207,2 mil unidades, retração de 8,9% sobre julho, embora a queda tenha chegado a 24% com relação ao mesmo mês do ano passado.

Questionado se o preço dos veículos pode ser um empecilho para consolidar vendas nesta reta final do ano, Moan admite que os valores estão um pouco elevados, mas informa que nos últimos 10 anos, o IPCA acumula alta de 10%, enquanto que a alta do preço dos veículos está em 3%.

“O que não podemos admitir é a alta da carga tributária: a cada R$ 100 que você paga do carro, R$ 50 são tributos e temos insistido em apontar que na economia brasileira não cabem mais impostos, que o setor automotivo não comporta mais aumentos tributários e que toda vez que houve redução da carga tributária para veículos arrecadamos muito mais para o governo do que em períodos de carga cheia”, finaliza Moan.


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