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11 de Agosto de 2015 – 04h44 horas / Automotive Business

No primeiro semestre de 2015 as vendas das fábricas de autopeças no País recuaram 12,9% na comparação com o mesmo período de 2014. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 7, pelo Sindipeças, com base na Pesquisa Conjuntural elaborada com cerca de 500 empresas associadas. Com a queda da produção de veículos, de 18% nos primeiros seis meses do ano de acordo com a Anfavea, as montadoras reduziram muito os pedidos e com isso sua participação no faturamento dos fornecedores caiu impressionantes 10,1 pontos no decorrer de um ano, de 67% em julho de 2014 para 56,9% em junho passado.

Mas os fabricantes de veículos continuam a ser os maiores compradores de autopeças e por isso são os que mais contribuem para o declínio das receitas. As vendas líquidas nominais para as montadoras e intrassetoriais (entre fornecedores) foram as que registraram o pior resultado no primeiro semestre, com retração de 22,1% e 19,6%, respectivamente. Os negócios intercompanhias, sempre com pequena participação no faturamento do setor, também reduziram sua fatia no bolo das receitas de 3,5% para 2,9% no decorrer dos últimos 12 meses.

No lado oposto, exportações e fornecimento para o mercado de reposição contribuíram para compensar parcialmente o resultado negativo do semestre, puxando para cima a média geral. Embaladas pela pronunciada desvalorização cambial brasileira, que não só deixa os produtos do País mais baratos e competitivos no exterior, mas também aumenta as receitas na conversão de dólares para reais, as vendas externas de autopeças cresceram 13,2% de janeiro a junho. Com isso, foi o segmento que mais aumentou sua participação no faturamento do setor, de 14,6% em julho de 2014 para 22,6% em junho de 2015, em expansão de oito pontos porcentuais no último ano.

O faturamento obtido no mercado de peças de reposição variou 5,1% para cima no acumulado de janeiro a junho deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. A participação do segmento no faturamento também subiu 2,7 pontos, de 14,9% para 17,6%.

Segundo o levantamento do Sindipeças, a ociosidade das fábricas de autopeças está em 36,8%, o pior resultado dos últimos três anos mostrados pela pesquisa. No fim do primeiro semestre as empresas associadas estavam utilizando somente 63,2% da capacidade instalada de produção. Com isso o nível de emprego segue em queda. Somente em junho houve redução de 12,7% no quadro de pessoal, comparativamente ao mesmo mês de 2014, no maior corte de vagas já registrado em 12 meses.


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