Câmara dos Deputados aprova o projeto da terceirização do trabalho
Compartilhe
09 de Abril de 2015 – 01h08 horas / G1

Contra a vontade do Planalto e do PT, que queriam mais tempo para discutir, a Câmara aprovou o texto-base do projeto que regulamenta a terceirização da mão de obra. O governo conseguiu evitar apenas que o projeto provocasse queda na arrecadação de impostos.
 

Forma a tarde toda e a noite debatendo o projeto. Houve tentativa de adiar a votação, mas não funcionou.
 

Os líderes do PT, PSOL e PC do B orientaram as bancadas a votar contra o projeto, mas o projeto que regulamenta a terceirização foi aprovado por 324 votos contra 137.
 

Fica faltando a votação das chamadas propostas de mudanças ou destaques. O relator destacou que a lei dará mais segurança aos trabalhadores terceirizados. “Essa lei é inclusiva, uma lei que trouxe benefício dos direitos trabalhistas generalizados a 12,5 milhões de trabalhadores”, diz Arthur Maia (SD/BA), autor do projeto.
 

O projeto regulamenta a contratação de terceiros em todas as atividades, sem restrições, mas a empresa terceirizada só poderá oferecer um único serviço, no qual seja especializada. A empresa contratante terá obrigação de fiscalizar o pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários e será obrigada a reter 4% do valor do contrato para garantir esses direitos, no caso de a terceirizada deixar de pagar, e também terá de recolher ao governo impostos e encargos, como o PIS/PASEP e Cofins.
 

O líder do governo, que é contra o projeto, diz que é necessário aprovar alterações no texto como forma de proteger os direitos trabalhistas.
 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, confirmou a votação dos chamados destaques para a próxima terça-feira, dia 14.
 

Já o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros lembrou que o projeto tramitava na Câmara há 11 anos e que é necessário ter uma lei para os trabalhadores terceirizados.
 

“Ao aprovarmos uma lei, nós vamos regulamentar esse setor, então acabaremos com a precarização e vamos dar condições para esses trabalhadores de terem sindicatos representativos, atuantes, e garantias de seus direitos, garantias de saúde, higiene e medicina do trabalho”, diz Antônio Netto, presidente nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.