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08 de Dezembro de 2014 – 04h43 horas / Região Noroeste

Aumentou o número de motoristas multados por ultrapassagens irregulares nas rodovias federais brasileiras.

E esse aumento chama atenção porque aconteceu exatamente no momento em que as multas ficaram bem mais pesadas.

Estrada cheia, engarrafamento. E a imprudência dos motoristas logo aparece. Com chuva, o perigo aumenta.

“Dois quilômetros atrás um carro de porte grande veio forçando a ultrapassagem. Eu que jogar para o acostamento para ele ultrapassar”, conta um homem.

No mês de novembro, a Polícia Rodoviária Federal registrou um aumento de 230% no número de ultrapassagens pelo acostamento em todo o Brasil. No mesmo período, a ultrapassagem forçada teve um crescimento de 56%. É aquela em local permitido, mas que o motorista vê um carro vindo na direção contrária e ainda assim força a ultrapassagem. Nem a multa, que ficou dez vezes mais cara e chegou a R$ 1.915, inibiu os infratores.

“Não basta ter a multa só alta. A multa alta tem que vir junto de uma fiscalização maior que passe para o motorista a percepção de um risco maior de ser multado. Aí ele tende a mudar o comportamento dele”, afirma o consultor de engenharia de trânsito Paulo Rogério Monteiro.
 

A ultrapassagem forçada é a manobra mais perigosa em uma estrada, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Porque o motorista que está do outro lado da rodovia, dirigindo em segurança, dentro da lei, é surpreendido por um outro veículo, e aí é muito difícil se livrar de um acidente. E neste caso quase sempre a batida é de frente com o outro carro.
 

A conduta mais comum, que gera o maior número de multas, é a ultrapassar em local proibido, onde há faixa amarela e contínua, por exemplo. A boa notícia é que nesse caso houve redução de 21%. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal a fiscalização não foi intensificada em função do valor da multa que aumentou.
 

“A fiscalização é a mesma. A gente trabalha calcado em estatísticas. É um trabalho científico. Onde tiver o trecho crítico a gente vai estar”, diz o assessor da Polícia Rodoviária Federal inspetor Diego Brandão.
 

“Tem que pensar e ser prudente. Evitar mexer no bolso profundamente”, brinca um motorista.


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