Falta de motoristas afeta 30% das transportadoras do Porto de Santos
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19 de Março de 2014 – 01h06 horas / A Tribuna

Cerca de 30% das transportadoras que têm como sede a Baixada Santista e atuam na movimentação de cargas do Porto de Santos estão com a frota de caminhões parada total ou parcialmente. O motivo é a falta de motoristas para conduzirem os veículos – défict que tem aumentado ano após ano. Para reverter esse panorama, as empresas estão apostando em capacitação.

Um parceria entre o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), o Serviço Nacional do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) possibilitará a formação de novos motoristas para suprir a demanda. Esses profissionais, inclusive, terão cursos na área por dois anos.

Lançado oficialmente no último mês em todo o Brasil, o Programa de Formação Especializada em Transporte do Sest/Senat, que chega agora ao litoral, é gratuito. O objetivo é oferecer habilitação para novos condutores do transporte de carga – que atendem principalmente ao cais santista – e até mesmo de passageiros para o translado entre as cidades. O programa foi apresentado na manhã de ontem, em evento realizado na sede do Sindisan e que reuniu empresários do setor.
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Programa quer ampliar quantidade de motoristas qualificados em atividade no Porto e acabar com disputa entre empresas

“Não basta apenas entregamos a CNH. Ele (o motorista) precisa adquirir conhecimentos em outras áreas: como meio ambiente e logística”, destaca o diretor do Sest/Senat, Sérgio Pereira. A troca de categoria da habilitação é gradativa e ocorre de acordo com a conclusão de cada módulo pelo funcionário – que, a princípio, não precisa nem ser motorista.

Em todo o Estado, são quase 11 mil vagas disponíveis. Para a Baixada Santista, o número ainda não está fechado. As oportunidades locais serão proporcionais à quantidade de empresas parceiras que aderirem à iniciativa. Sérgio Pereira lembra que não há custo para o funcionário e nem para a empresa, uma vez que não existem taxas de manutenção ou adesão.

MOMENTO OPORTUNO

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, a parceria estabelecida entre as entidades ocorre em um momento mais que necessário. “Ter 30% das empresas com a frota parada e, em alguns casos, mais do que isso, é algo muito grave e que precisa ser revertido”.

Rocha lembra que o programa poderá equilibrar a atual disputa que existe entre as empresas pela mão de obra capacitada para realizar os serviços de transporte. “A guerra está desleal e desequilibrada. Temos que encerrar esse assédio pelo motorista da outra companhia pela falta de outro preparado”, diz, na esperança de que haja grande adesão.

O prazo para oficializar a participação no projeto termina na próxima sexta-feira (dia 21). A transportadora pode entrar em contato direto com o Sindicato (em seu endereço eletrônico www.sindisan.com.br) ou então com o Sest/Senat (www.sestsenat.org.br). Assim que for definido o panorama, as auto-escolas de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande serão contratadas.


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