O Ministério dos Transportes anunciou, nesta terça-feira (25), uma carteira de leilões para 2026 com 13 licitações de concessões rodoviárias e 8 de ferrovias, com uma previsão de R$ 288 bilhões de investimentos — R$ 148 bilhões em estradas e R$ 140 milhões em trilhos.
No setor ferroviário, a gestão lançou uma política pública com diretrizes para o setor, junto com uma carteira de projetos de R$ 140 bilhões em capex (investimento em bens de capital) na malha ferroviária, e R$ 650 bilhões de recursos no total, em 9 mil km de trilhos, segundo a apresentação.
O governo prevê que será necessário aportar ao menos 20% do volume de investimentos para fechar lacunas de viabilidade econômica dos projetos, em torno de R$ 28 bilhões e R$ 30 bilhões, segundo o ministro de Transportes, Renan Filho (MDB-AL). Esses valores deverão ser aplicados como contribuição pública em Parcerias Público-Privadas, para viabilizar os projetos.
A política pública lançada pelo ministério prevê um foco na exploração imobiliária pela concessionária da ferrovia, como forma de aumentar a atratividade do projeto. Além disso, o programa traz diretrizes para o transporte ferroviário de passageiros, com a previsão de aproveitamento de malha ferroviária ociosa. “Ainda não incluímos todos os projetos de ferrovias de passageiros, porque ainda vamos discutir os ‘gaps’ de viabilidade”, disse o ministro.
“Há um esforço grande para sair da inércia em ferrovias. É a primeira política pública de ferrovias”, afirmou George Santoro, secretário-executivo do ministério, na apresentação.
Pelo cronograma divulgado, estão programadas as licitações do Corredor Minas-Rio, em abril; o Anel Ferroviário Sudeste, em junho; a Malha Oeste, em julho; o Corredor Leste-Oeste, em agosto; a Ferrogrão, em setembro; e em dezembro outros três blocos fruto da Malha Sul, o Corredor Paraná-Santa Catarina, Corredor Rio Grande e Corredor Mercosul.
“Alguns projetos podem precisar de um pouco mais [de prazo], se precisar a gente ajusta”, disse o ministro.
Já no setor rodoviário, são 13 projetos previstos, incluindo licitações de novos contratos e repactuações contratuais. No total, a previsão é gerar investimento de R$ 148 bilhões.
De acordo com o cronograma divulgado, em março haverá a concorrência da Rota dos Sertões, da repactuação da Rodovia Régis Bittencourt, da Arteris, e a Rotas Gerais. Em abril, está programada a disputa pela concessão renegociada da Rota Arco Norte, da BR-163 entre Mato Grosso e Pará. Em junho, está prevista a otimização da Rota do Pequi e, em julho, a da Rota Litoral Sul.
Em agosto foi marcado o leilão da Rota Portuária do Sul no Rio Grande do Sul; em setembro, a disputa pela repactuação da Rota Planalto Sul; em outubro, a da Rodovia Transbrasiliana. Em novembro há previsão de três projetos: os leilões da Rota 2 de Julho e dos Lotes 1 e 3 das Rodovias Integradas de Santa Catarina. Por fim, em dezembro há previsão da licitação da Rota Integração do Sul.
voltar







































