
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) deu início, nesta segunda-feira (30), à 28ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que avalia as condições da malha rodoviária pavimentada em todo o país. Um dos pontos de partida das equipes técnicas foi a sede da Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo (FETCESP), localizada no Palácio dos Transportes, na capital paulista.
A pesquisa tem como principal objetivo coletar dados sobre as características e a qualidade das rodovias pavimentadas, oferecendo subsídios para o planejamento logístico, a melhoria da segurança viária e o desenvolvimento do transporte rodoviário. Em São Paulo, o levantamento irá abranger 10.985 quilômetros, entre rodovias federais, estaduais e trechos concedidos.
De acordo com a CNT, o trabalho de campo será realizado por 24 pesquisadores, que percorrerão todo o país durante cerca de 30 dias, avaliando critérios como pavimento, sinalização e geometria das vias. A pesquisa inclui a análise das condições da superfície, acostamentos, legibilidade das placas e presença de curvas perigosas, entre outros pontos.
Para o presidente da FETCESP, Carlos Panzan, este estudo sobre a qualidade das rodovias é um marco para o setor de transportes, para CNT e todas as federações e sindicatos. “Ele mostra a realidade das condições das nossas rodovias. Ela tem a mais alta credibilidade e inclusive é demonstrado para os governos municipais, estaduais e federais que recebem essas informações com muita atenção para melhorar o estado geral das rodovias”.
Segundo dados da CNT, somente em 2024 foram registrados 4.881 acidentes nas rodovias federais do estado de São Paulo, resultando em 226 mortes e um custo social estimado em R$954,18 milhões. Além disso, a má qualidade do pavimento no estado gera um aumento médio de 15,1% no custo operacional do transporte, impactando diretamente a competitividade das empresas e a economia paulista.
Para reverter esse cenário, a estimativa é que São Paulo precise de cerca de R$6,53 bilhões em investimentos emergenciais e em manutenção das rodovias.”Apesar da boa qualidade em diversas estradas do nosso estado, é necessário mais investimentos para que acidentes, mortes e atrasos logísticos não aconteçam.
Os resultados da pesquisa servirão como base para que mais investimento no setor possam desenvolver ações mais assertivas.
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