
Estamos vivendo um momento turbulento em nível mundial, certamente com reflexos locais. As tarifas impostas pelo governo americano, a retaliação da China e de outros países, a incerteza, os comentários e análises estão deixando as empresas do mundo inteiro em alerta. Haverá oportunidades? Para quem? Para quais setores? E a minha empresa como fica neste cenário complexo?
Num livro de 1780 – “Adágios, Provérbios, Rifãos e Anexins da Ligua Portugueza” – editado pela Real Casa Portugueza, há um ditado que diz: “Andando na égua e perguntando por ela”.
Pense nesta sabedoria popular. Quantas vezes não conseguimos enxergar mas coisas que estão debaixo de nosso próprio nariz?
Será que a solução de nossos problemas na empresa e mesmo nossos problemas pessoais não está mais próxima de nós do que pensamos?
E as oportunidades então? Será que não estamos buscando longe demais por oportunidades que estão passando pela nossa frente a todo instante?
Na empresa, ficamos imaginando abrir uma filial distante quando muitas vezes nem sequer vendemos para nossos vizinhos. Ficamos buscando novos clientes quando poderíamos vender mais itens de nosso catálogo de produtos para aqueles que já compram de nós e portanto já são nossos clientes. Ficamos buscando novos clientes quando poderíamos fazer coisas que fidelizassem o nosso cliente conosco, os tornando totalmente satisfeitos. Mas, muitas vezes, com a mão direita estamos querendo pegar um novo cliente e com a esquerda estamos perdendo os que já temos por não atendê-los bem.
Ainda na empresa, quantas oportunidades de parcerias, alianças estratégicas, associações, compra conjunta, manutenção cooperada, terceirização etc., poderíamos fazer com clientes e fornecedores com os quais nos relacionamos há anos e nem sequer pensamos nessas oportunidades?
Agora com essa nova realidade mundial, onde estarão as oportunidades para a nossa empresa? Será que elas realmente não existem? Será que podemos tirar alguma vantagem dessa turbulência? Será que não estamos ouvindo demais análises catastrofistas dizendo que o mundo vai acabar e que todos iremos quebrar?
Muita água ainda vai passar debaixo da ponte antes de sabermos as reais consequências de tudo o que estamos assistindo nos noticiários. Agora é hora de pensar com calma, estrategicamente nas oportunidades que surgirão para nós como país e como empresas e trabalhar para não perdermos nenhuma delas.
Lembre-se do ditado do Século 18 e pense se você e sua empresa não está andando na égua e perguntando por ela. Veja se a solução e as oportunidades não estão, de fato, debaixo do nosso próprio nariz.
Pense nisso. Sucesso!
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