Uma pesquisa realizada pelo IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), encomendada pelo SETCESP, divulgada em janeiro deste ano, durante uma live no canal do YouTube da entidade, revelou como está a expectativa dos transportadores para 2025 com relação ao preço do frete.
A maioria dos entrevistados, 43% deles, acha que o frete se manterá estável, enquanto 33% acham que irá piorar e 24% acredita que vai melhorar. Segundo informações do mesmo estudo, no ano passado, 14% das empresas não repassaram nenhum reajuste no frete.
“O setor vem enfrentando grandes desafios desde 2023, com a regulamentação de alguns atos normativos, que modificaram as condições operacionais e que, de certa forma, afetam a saúde financeira dos negócios até passarem por esse período de adequação”, indica a coordenadora de projetos do IPTC e economista, Raquel Serini.
Para Serini, o transporte rodoviário de cargas opera com margens reduzidas, tornando inviável a absorção dos custos adicionais sem ajustes nos preços.
Aumentos
Entre os impactos que o setor vem sentindo estão o fim do programa de desoneração da folha de pagamento e a alta do preço diesel, que devido a uma ação conjunta de aumento nas refinarias, teve um acréscimo de R$0,22 no preço por litro mais um aumento de R$ 0,06 com a elevação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a vigorar em 1º de fevereiro, o que fez com que o diesel chegasse a R$ 3,78 por litro nas refinarias.
Na última semana, o SETCESP divulgou uma Nota Oficial manifestando sua preocupação com a elevação do preço do combustível, que no acumulado ficou 8% mais caro.
“O diesel, como é de conhecimento público, é o principal insumo na tabela de custo do transporte rodoviário de cargas e seu aumento certamente refletirá no custo do frete das mercadorias e, por consequência, no preço final ao consumidor”, diz o texto.
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