Há pessoas que emitem um comportamento infantil na empresa com o intuito de manipular colegas e conseguir o que desejam.
Qualquer coisa que não saia da maneira como desejam, batem o pé, choram, ficam birrentas, ameaçam perder a amizade e correm logo reclamar para o papai ou para a mamãe (seus chefes). Geralmente mimadas na infância, não suportam qualquer contrariedade. Tudo deve ser do jeito delas, como elas querem, na hora que querem.
Conheço pessoas em funções de liderança que têm esse comporta mento, assim, como conheço liderados que vivem chorando para seus líderes quando alguma coisa não aconteceu como queriam. Essas pessoas acreditam que, como seus superprotetores pais faziam, todos da organização devem estar a seu serviço, tenham ou não razão.
Digo isso porque em muitos casos, essas pessoas não cumprem os prazos determinados pelos regulamentos, fazem pedidos de última hora e mesmo assim exigem ser atendidas com toda a preferência.
Outra característica dessas pessoas é que elas não aceitam mudanças. Conheço casos em que a implantação de um sistema SAP com um Centro de Serviços Compartilhados (CSC), por exemplo, gerou comportamentos absolutamente infantis em muitos gerentes e chefes que não admitiam ter que solicitar serviços que antes escolhiam por conta própria a esse novo modelo de gestão.
Há casos de verdadeira guerra por terem perdido a autonomia na escolha de hotéis, voos, assentos e que tais, agora centralizados. Lutam desesperadamente para manter privilégios que os novos tempos fizeram acabar e adotam comportamentos de birra e quase choro contra as mudanças determinadas pela direção da empresa.
O problema ocorre quando a empresa cede aos caprichos dessas crianças crescidas, abrindo exceções a todo momento para evitar comportamentos infantis, o que faz com que essas pessoas acabem ganhando pela manipulação, o que gera um ambiente de injustiça em relação àquelas pessoas que cumprem as determinações e regras dos novos processos.
“Ela chora e faz cara feia e o diretor manda atendê-la, mesmo contrariando as normas” – afirmou uma gerente de Centro de Serviços Compartilhados de uma grande empresa em relação a uma dessas “meninas crescidas” já em função de média liderança.
Mudar não é fácil. Aceitar a mudança exige maturidade e equilíbrio. É claro que podemos e até devemos discutir, reivindicar, mostrar nosso ponto de vista. Mas uma vez tomada a decisão pela direção da empresa ou organização, é preciso entender que fomos vencidos em nossos argumentos e acatar os novos procedimentos com maturidade, serenidade e acima de tudo, espírito de time de pessoas adultas.
Pense nisso. Sucesso!
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