A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou em 1,19% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). No mês anterior, o índice caíra 0,31%.
Com esse resultado, o índice acumula alta de 17,47% no ano e de 19,78% em 12 meses. Em novembro de 2020, o índice subira 3,51% no mês e acumulava elevação de 23,82% em 12 meses.
“Os combustíveis contribuíram para a aceleração da taxa do IGP-10. Os preços do diesel (3,60% para 10,10%) e da gasolina (0,57% para 10,31%) avançaram significativamente no IPA. A taxa do índice ao produtor não subiu mais, devido a queda registrada nos preços de importantes commodities agrícolas como, por exemplo, bovinos (-4,11% para -8,46%), milho (-4,99% para -4,63%) e soja (-0,16% para -1,39%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços, em comentário no relatório.
Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,31% em novembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,77%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram de 1,10% em outubro para 1,29% em novembro.
A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 0,94% para 8,48%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,73% em novembro. No mês anterior, a taxa subira 1,08%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,91% em outubro para 3,71% em novembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 3,62% para 9,28%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,85% em novembro, ante 1,65% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -4,62% em outubro para -0,98% em novembro. As principais contribuições para esta taxa menos negativa partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-19,46% para 1,23%), café em grão (6,87% para 11,34%) e algodão em caroço (-0,28% para 4,64%).
Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens bovinos (-4,11% para -8,46%), leite in natura (2,00% para -4,29%) e mandioca/aipim (10,80% para -2,02%).
Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,79% em novembro. Em outubro, o índice havia apresentado taxa de 1,26%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (3,50% para 0,05%), Habitação (1,67% para 0,36%), Alimentação (1,30% para 0,81%) e Comunicação (0,35% para 0,33%).
As principais contribuições para esse movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (28,66% para -0,42%), tarifa de eletricidade residencial (5,41% para 0,06%), frutas (5,37% para -1,82%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,70% para 0,07%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (1,23% para 2,17%), Vestuário (0,40% para 0,87%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,10% para 0,29%) e Despesas Diversas (0,25% para 0,27%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (2,49% para 5,09%), roupas (0,30% para 0,74%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,18% para 0,76%) e alimentos para animais domésticos (1,42% para 2,10%).
Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,95% em novembro. No mês anterior a taxa variou 0,53%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,82% para 2,00%), Serviços (0,42% para 0,49%) e Mão de Obra (0,29% para 0,10%).
Foram comparados os preços coletados de 11 de outubro a 10 de novembro com os de 11 de setembro a 10 de outubro.
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