Vendas pela internet movimentaram menos cargas na comparação com commodities, diz instituto
Ainda que o crescimento do ecommerce tenha turbinado os resultados de transportadoras no país no ano passado, essa bonança não se refletiu em todo o setor. Segundo o Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain), as vendas pela internet movimentaram uma quantidade de carga muito pequena, se comparada por exemplo ao carregamento de commodities. O instituto estima que o segmento como um todo tenha mantido estável o volume transportado em 2020, ante 2019.
Maurício Lima, sócio-diretor do Ilos, afirma que, no caso do transporte rodoviário, um indicativo do desempenho é a venda de óleo diesel no país. Até novembro do ano passado, o volume comercializado chegava a 53,6 milhões de metros cúbicos, retração de 0,6% em relação ao mesmo intervalo de 2019.
Dos modais, o único que deve ter crescimento em volume transportado é o aquaviário. Segundo Lima, isso ocorre pelo aumento da produção de petróleo no país. Dados da Antaq (Agência de Transportes Aquaviários) mostram que, de janeiro a outubro, houve alta de 17,4% na cabotagem de granéis.
Apesar do pouco impacto no resultado final do setor de transporte, o ecommerce chama atenção por outro motivo. Mirele Mautschke, presidente da DHL Express no país, diz que em 2020 houve alta na exportação relativa ao comércio eletrônico.
Mautschke diz que setores de moda, eletrônicos e alta tecnologia foram os que se destacaram. A empresa alemã deve investir no Brasil em 2021 entre R$ 18 milhões e R$ 19 milhões, expandindo de 11 para 16 lojas próprias. No país, a DHL Express ainda possui 386 lojas parceiras.
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