Para especialistas, o peso tributário impede que o País crie condições mais oportunas aos investimentos produtivos
Os fatores que dificultam o empreendedorismo no Brasil, que sufocam o planejamento privado e a execução de novos negócios estão impedindo que o País tenha um peso maior no cenário global e criando barreiras que tornam a economia brasileira menos dinâmica, menos produtiva e menos competitiva.
Esses fatores foram debatidos em entrevistas do canal UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, que reuniu, nos últimos anos, empresários, acadêmicos e personalidades públicas para tratar dessa agenda.
As ações necessárias para que esse ambiente seja revertido envolvem um amplo projeto de desburocratização, com base na redução da participação do Estado em subsídios a grupos privados, em atividades empresariais e na proteção da economia, como pontua o economista, filósofo e escritor Eduardo Giannetti. “O Estado brasileiro faz muita coisa que ele não deveria fazer e não faz aquilo que seria mais indispensável e que a Nação demanda, que é atender às necessidades básicas, elementares da cidadania”, diz.
Além disso, os entrevistados avaliam que é essencial que as normas em torno da geração de novos negócios e do dia a dia dos empreendimentos sejam mais claras, de modo a não abrir margem para interpretações; que o Estado exija menos alvarás, menos autorizações e menos licenças; e que se crie um ambiente mais próspero para o crescimento da economia nacional fundamentado no gasto do setor privado.
Alguns dos especialistas também lembram que o peso tributário é um ponto que precisa ser repensado com urgência, já que isso tem se tornado um grande impeditivo a um bom desempenho do Brasil no relatório Doing Business – um ranking do Banco Mundial que avalia a facilidade de se fazer negócios em mais de 190 economias. Esse peso, segundo eles, afasta investimentos privados, um fator fundamental para o progresso tecnológico e para expansão do capital e do crédito no País.
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