Após anunciar reajuste do preço do diesel no início da tarde da última quinta-feira (11), a Petrobras recuou à noite. O aumento médio seria de 5,7% a partir de sexta-feira (12). O recuo na decisão da companhia ocorreu após uma determinação do presidente Jair Bolsonaro e, para justificar a mudança de posição, a companhia afirmou em nota que há margem para postergar o aumento do diesel por “alguns dias”.
A estatal chegou a informar que o valor médio do litro do combustível nas refinarias iria subir 5,74%, de R$ 2,1432 para R$ 2,2662, a partir de sexta-feira.
Na tabela disponível no site da Petrobras na noite desta quinta, no entanto, o preço do litro do diesel segue em R$ 2,1432, mesmo valor praticado desde 22 de março.
Depois do anúncio do aumento, Bolsonaro determinou que a companhia revisasse a alta no preço do combustível. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o diesel é importante para os caminhoneiros e para o transporte de cargas. Também afirmou que um reajuste maior seria um solavanco na economia.
Nos últimos dias, líderes da categoria dos caminhoneiros passaram a ameaçar com a retomada de movimentos grevistas devido à alta no diesel e aos preços dos fretes.
Em comunicado, a Petrobras informou que “em consonância com sua estratégia para os reajustes dos preços do diesel divulgada em 25/3/2019, revisitou sua posição de hedge e avaliou ao longo do dia, com o fechamento do mercado, que há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel”.
Em 26 de março, a companhia anunciou que os preços do diesel passariam a ser reajustados por períodos não inferiores a 15 dias. Com isso, a companhia abandonou, somente para o diesel, o formato usado desde 3 de julho de 2017 que previa reajustes com maior periodicidade, inclusive diariamente.
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