Você sabe como funciona a Industria 4.0?
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Há cerca de um ano, a Mercedes-Benz anunciou que a linha de montagem em sua fábrica de São Bernardo do Campo estava dando um importante passo no processo de produção de caminhões. A ação foi divulgada como o ingresso na chamada indústria 4.0, desde então os veículos de carga da marca passaram a ser montados por um sistema de produção conectado à Internet mais rápido e eficiente.

Em fevereiro desse ano, a inauguração da nova linha de cabines selou mais um avanço da montadora em direção à modernização de sua planta, com a operação da unidade de cabines também conectada, operando com robôs de última geração, profissionais utilizando óculos de realidade aumentada e exoesqueletos (equipamentos que forneceM força e resistência aos membros do corpo humano).

Com a aplicação de Internet, dados na nuvem e avançados sistemas de produção – elementos comuns à chamada indústria 4.0 -, a Mercedes-Benz está mostrando que ampliou ainda mais seu nível de tecnologia para fabricar caminhões. O moderno sistema inclui também o aprimoramento de áreas fora da linha de montagem diretamente ligadas à linha de montagem.

Em outras palavras, indústria 4.0 é a quarta revolução industrial, na qual os processos produtivos se valem das últimas tecnologias para ganhar agilidade, escala de produção e maior qualidade ao produto final. Os caminhões, por exemplo, há anos incorporam tecnologias desta quarta fase do desenvolvimento da indústria, inclusive nos materiais, que também são frutos de pesquisas.

Quando o carreteiro usufrui dos recursos disponíveis nos caminhões, ou utiliza a Internet, smartphone etc, ele está lidando com tecnologias da quarta revolução industrial. Esses são poucos exemplos de avanços que transformaram e continuam transformando o mundo e consequentemente até a rotina de quem dirige caminhão e tudo mais.

“Os passos dados pela Mercedes-Benz são os primeiros de muitos outros que ainda virão, tanto para empresa quanto para outros fabricantes do setor”, disse o vice-presidente de operações da companhia no Brasil, Carlos Santiago. Como exemplos, da primeira fase, inaugurada em 2018, Santiago destaca as apertadeiras eletrônicas programadas para medir o torque de parafusos de acordo o com o tipo de caminhão que está em produção; veículos guiados eletronicamente para alimentar a linha e sensores nas prateleiras que controlam a entrada e saída de peças, além de monitores de TV.

“Todos esses elementos geram dados que são armazenados na nuvem, os quais permitem monitorar a qualidade de todos os produtos e detectar qualquer falha”, concluiu Santiago. O executivo resumiu que se trata de um moderno, integrado e inteligente sistema de produção que concentra inclusive a logística de peças num mesmo prédio.  Contou que houve também ganho acima de 15% no tempo de produção de um caminhão.


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