Viaduto Pompeia não tem data para reabrir
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12 de Janeiro de 2012 – 10h00 horas / Folha de S. Paulo
A interdição do viaduto Pompeia (zona oeste), que fez o trânsito paulistano atingir nas férias níveis parecidos com os de outros meses, vai seguir por tempo indeterminado, segundo a prefeitura.
O local está totalmente fechado ao tráfego há dois dias, depois que um incêndio em galpão da escola de samba Mocidade Alegre danificou bastante parte do viaduto.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o pico matinal de congestionamento na cidade ontem chegou a 104 km. Anteontem, foi de 120 km, às 10h30, bem acima da média do horário, que varia de 27 km a 54 km.
Em janeiro do ano passado, o índice máximo foi de 86 km nas duas primeiras semanas. A última vez que a cidade havia registrado tanta lentidão na manhã havia sido em 9 de dezembro, com 138 km.
Para a CET, os índices excepcionais para janeiro foram provocados pela interdição do viaduto e, em menor grau, por ocorrências como acidentes e caminhões quebrados.
Nos últimos três anos, segundo a CET, o rodízio foi suspenso na primeira quinzena de janeiro, porque a movimentação de veículos começa a aumentar somente a partir da terceira semana do mês.
Demolição – Ontem, a prefeitura recebeu avaliações de empresas interessadas em fazer a obra de reparo. Os pilares do viaduto não estão danificados, mas não está descartada a necessidade de que parte da estrutura atingida pelo fogo tenha que ser demolida.
A interdição virou um transtorno na vida dos motoristas, que reclamam da ausência de sinalização e agentes de trânsito para orientar sobre rotas alternativas.
A CET informou que monitora o problema. Sobre a sinalização emergencial, o órgão diz que “está providenciando“ e que tudo será instalado “nos próximos dias“.
O advogado Clóvis Oskins, que mora na Casa Verde (zona norte) e trabalha no Campo Belo (sul), resolveu se precaver para não perder seus compromissos. “Saí às 6h15 de casa para chegar ao escritório às 9h. Normalmente, faço o trajeto em 40 minutos.“
A reportagem conversou com mais de dez motoristas que passavam pela zona oeste. Todos demoraram pelo menos duas vezes mais que o normal para fazer os seus percursos. A reclamação pela falta de sinalização também é uma unanimidade.
À tarde, o trânsito fluía normalmente região.

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