Apesar de consumidores e lojistas ainda demonstrarem uma certa dose de cautela em relação à economia, as vendas do comércio varejista do Estado de São Paulo devem crescer 3,8% em maio, mês do Dia das Mães, atingindo R$ 53,4 bilhões. A projeção é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e, caso se concretize, o varejo encerrará os cinco primeiros meses do ano com uma taxa acumulada de vendas 3,2% superior ao mesmo período do ano passado, que já apresentava avanço de 3,3% ante 2016.
O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo em termos de vendas, depois no Natal. Contudo, segundo a Federação, é praticamente impossível separar com exatidão as vendas decorrentes apenas da data comemorativa. Para uma maior precisão, a assessoria econômica da Federação isolou as atividades mais sensíveis ao consumo de bens ligados à comemoração, como a de vestuário; eletrodomésticos e eletrônicos; móveis e decoração; supermercados; e farmácias e perfumarias.
Considerando apenas essas atividades, a maior taxa de crescimento das vendas, em maio, deve ser registrada pelas lojas de móveis e decoração (8,5%), seguida pelas lojas de vestuário, tecidos e calçados (3%) e pelos supermercados (5,4%).
Em contrapartida, farmácias e perfumarias e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos devem exibir leve queda de 0,9% e 1,0%, em relação a maio de 2017, respectivamente. Esse desempenho negativo ainda não preocupa, considerando que a primeira atividade vem de um longo ciclo de crescimento e a segunda, parece indicar um momento de acomodação ante uma trajetória contínua de resultados expressivos que permitiu ao segmento crescer 7% em 2017 e já acumular aumento real acima de 8% neste ano.
Dessa forma, o faturamento dos segmentos mais impactados pelo Dia das Mães tende a atingir R$ 31,3 bilhões no mês, alta real de 3,4%, o que representa cerca de R$ 1 bilhão acima do obtido em maio de 2017.
Para a FecomercioSP, o varejo tende a prosseguir dentro de sua trajetória de recuperação iniciada em 2017, mas de forma ainda gradual. Um crescimento mais expressivo vai depender fundamentalmente da melhoria contínua nos, ainda preocupantes, índices de desemprego, para que se viabilize o aumento da massa real de renda do país.
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