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01 de Setembro de 2017 – 03h27 horas / Chico da Boleia

As vendas de caminhões tiveram o pior resultado em 11 anos. Entre janeiro e julho foram emplacadas 26 mil unidades no País, volume 14,1% menor do que em igual período do ano passado (30,3 mil) e metade do comercializado em 2007 (53,2 mil). Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

 

O setor tem sido fortemente atingido pela crise na economia e alta no desemprego, que geram demanda menor por mercadorias e serviços e reduzem a necessidade de caminhões. Embora não seja possível separar os pesados por tipo, sabe-se que parcela importante é de caminhões-cegonha, utilizados para o transporte de automóveis, e que sofrem efeito direto da queda no licenciamento desses veículos. Tanto que o número de cegonheiros que atuam no ramo no Grande ABC enxugou 28% em dois anos, ao passar dos cerca de 5.000 – quando haviam sido vendidos 43,8 mil caminhões – para 3.600.

 

Apesar de o cenário estar longe do ideal projetado pelos representantes do setor, a expectativa é a de que o panorama comece a mudar com os números recentes. Segundo a Anfavea, as vendas de automóveis cresceram 3,4% no acumulado deste ano em comparação a 2016, passando de 1,16 milhão para 1,20 milhão de unidades. “Não há dúvida de que o desempenho de 2017 será melhor que os de 2015 e 2016”, avaliou o diretor do sindicato Marcos Galdino.

 

Para o diretor regional da De Nigris, concessionária de caminhões da Mercedes Benz, Carmo Pizzotti, além dos tímidos sinais de recuperação do segmento, o empresariado está começando a renovar as frotas. “O Brasil é movido a caminhões e, em certo momento, se faz necessário trocá-los por novos modelos, visando o futuro. ”


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