Uma operação com zero acidente, zero emissão e maior produtividade
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Lucas Mendes assumiu este ano como presidente e diretor-geral da Michelin Connected Fleet. Antes, foi vice-presidente de expansão. Sob a sua liderança, a empresa ampliou com sucesso sua presença global

Além da marca, o que mais mudou quando a Sascar virou a MICHELIN Connected Fleet?

Fazemos parte do Grupo Michelin desde 2014. A aquisição integra a estratégia do grupo em diversificar seu negócio, atuando não só em pneus, mas em torno e além deles. Isso aconteceu também em outros continentes com a aquisição de empresas de tecnologia para gestão de frotas.

Em 2022, como parte da unificação das frentes de serviços e soluções, passamos a atuar na América Latina sob a marca MICHELIN Connected Fleet Powered by Sascar, seguindo a estratégia do grupo de utilização da nova marca globalmente. Portanto, a mudança de marca foi o caminho natural dessa parceria, que já completa uma década.

Como é possível viabilizar o acesso às novas tecnologias para as empresas de menor porte do setor?

Podemos ajudar nossos clientes de menor porte a ter uma operação sustentável e com riscos mitigados, pois sabemos que algumas situações, como, por exemplo, acidentes, podem gerar altos custos e inviabilizar potencialmente a continuidade do negócio.

Contamos com um portfólio amplo de soluções e nos propomos a entregar isso independentemente do tamanho da empresa – do embarcador ao caminhoneiro autônomo.

O que temos de novidade na área de prevenção de acidentes?

Estamos evoluindo nossas soluções preditivas e preventivas constantemente. Como exemplo disso, podemos citar a nossa solução de videotelemetria, que através do uso de inteligência artificial, relaciona dados que indicam situações de risco, capturados pela telemetria e trazem a gravação do que está acontecendo no exato momento do evento. É uma visão integrada que atua imediatamente ao momento da ocorrência e posteriormente, com ações corretivas para melhorar os hábitos ao volante com evidências do que ocorreu.

Como a inteligência artificial e a automação estão impactando a segurança rodoviária?

Quando falamos de ciência de dados, a escalabilidade dos insights gerados está totalmente associada à IA, que pode ‘ler’ situações cada vez mais complexas. Um exemplo é a árvore decisória por meio de imagens, que classifica a criticidade da situação potencialmente perigosa de forma automatizada, possibilitando assim uma melhor tomada de decisão pelo gestor.

As empresas de transporte estão preparadas para reduzir riscos?

Nós acompanhamos o mercado e as necessidades dos nossos clientes constantemente e percebemos que esse tema de gestão de risco faz parte da agenda da maioria das empresas. É nítida a evolução que tivemos nos últimos anos, porém, há muito o que se fazer. Muitas empresas ainda não sabem por onde começar, qual solução utilizar, quais processos implementar. Quando falamos em risco no segmento logístico, a gravidade não se restringe apenas à preservação dos ativos, mas também envolve preservação de vidas, a sustentabilidade do planeta e a reputação das empresas atuantes nesse setor.

Quais as perspectivas de mercado para os próximos dez anos?

As nossas perspectivas para os próximos anos são bastante promissoras, considerando a crescente evolução tecnológica que vem ocorrendo, com o machine learning e a inteligência artificial. Nossa missão é e será apoiar os nossos clientes em direção a uma operação com zero acidente, zero emissão e maior produtividade. Entendemos que aplicabilidade de tecnologia no transporte se tornará cada vez mais essencial.


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