O volume de serviços caiu 0,3% em setembro frente a agosto, impulsionado pela retração em Transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio, -1,3%, e Serviços profissionais, administrativos e complementares, -1,4%, dois segmentos que juntos respondem por mais da metade do setor. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE, o indicador acumulado no ano mostra variação negativa de 0,4% e o acumulado nos últimos 12 meses ficou em -0,3%.
A queda de 1,3% no grupo de transportes teve forte influência do setor de transporte terrestre (-1,6%), onde ocorreu a greve dos caminhoneiros em maio. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, após quatro meses de volatilidade, os transportes voltam a um nível de variação alinhado à média da série histórica.
“Com a greve dos caminhoneiros, as companhias não conseguiram escoar a produção agrícola e industrial e a receita caiu muito em maio, -15,1%. Em junho, cresceu 23,2%, com uma aceleração no número de encomendas do comércio, mas parece que não houve demanda suficiente dos consumidores, então em julho o setor voltou a cair 0,5%”, explica Rodrigo Lobo.
Já nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), a queda foi definida pelas menores receitas nas empresas de soluções de pagamentos eletrônicos.
Com menor peso na pesquisa, 8%, os serviços prestados às famílias cresceram 1,4% em setembro, influenciados pelo segmento de alojamento e alimentação. E os serviços de informação e comunicação variaram 0,4%.
Na comparação com 2017, o setor cresceu pelo segundo mês consecutivo em setembro (0,5%), após ter registrado 1,2% em agosto. “Isso dá o tom de um início de recuperação, embora o crescimento ainda esteja concentrado em apenas 41% dos 166 serviços investigados”, conclui.
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