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30 de Agosto de 2018 – 16h32 horas / CNT

Considerada uma das regiões mais importantes, mas, também, mais saturadas no deslocamento de cargas e de passageiros em todo o país, o Sudeste necessita de investimentos de R$ 686,4 bilhões em infraestrutura de transporte, segundo o Plano CNT de Transporte e Logística. Divulgado pela Confederação Nacional do Transporte na última segunda-feira (27), o trabalho elenca 831 projetos de integração nacional e urbanos essenciais para que a região tenha um sistema de transporte eficiente e moderno.

 

Entre os projetos, merecem destaque o Sistema Hidroviário do Tietê-Paraná (MG e SP), o Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo (RJ e SP), o Trem de Alta Velocidade Belo Horizonte-Curitiba (MG e PR), o Aeroporto de Uberlândia (MG), as intervenções na BR-116 (MG e SP), a construção de terminal hidroviário de cargas em Ibiaí (MG), as obras no Porto de Santos (SP) e a implantação do Hidroanel Metropolitano de São Paulo (SP).

 

O projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo é antigo e ganhou força quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014. O traçado ligando Campinas, em São Paulo, e o Rio de Janeiro foi escolhido como forma de facilitar e incrementar o deslocamento entre os dois estados. O governo chegou a criar a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) para acompanhar o desenvolvimento da obra, que nunca saiu do papel. A CNT considera o Trem de Alta Velocidade como essencial e sugere investimentos de mais de R$ 89 bilhões para a construção de 510,8 km de extensão de linha férrea.

 

A mesma prioridade é observada em relação ao sistema hidroviário do Tietê-Paraná. Entre 2014 e 2016, a hidrovia teve sua operação paralisada por 20 meses devido à falta de chuvas e o rebaixamento do nível dos reservatórios locais. O episódio causou prejuízos estimados de R$ 1 bilhão às empresas de navegação, além do desemprego de 1.600 pessoas. O problema ainda persiste. Neste ano, a hidrovia corre novamente o risco de ser fechada.

 

Para evitar outros problemas, a Confederação propõe investimentos de mais de R$ 48 bilhões, que contemplam projetos como os de construção da eclusa de Emborcação, na hidrovia do rio Paranaíba, assim como na construção das eclusas de Itumbiara e de São Simão. Esse valor engloba, ainda, a sinalização e o balizamento em 959 km dos rios Paranaíba e Paraná – de São Simão a Foz do Iguaçu –, a adequação em 773 km na hidrovia do rio Grande, de São José da Barra a Ouroeste, entre outros.

 

“A região Sudeste é uma das mais estratégicas do país. Grandes corredores de escoamento de cargas e infraestruturas de transporte de passageiros estão lá localizados. Porém, boa parte dos sistemas está saturada. Por isso, os investimentos na região se fazem ainda mais necessários”, conclui o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.


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