Não é novidade que o Brasil precisa de um sistema de transporte eficiente, com investimentos robustos em obras de infraestrutura. E isso passa, necessariamente, pela integração modal. No documento “O Transporte Move o Brasil – Propostas da CNT aos Candidatos”, entregue aos presidenciáveis, a Confederação Nacional do Transporte defende a criação de uma política para incentivar a atividade do OTM (Operador de Transporte Multimodal), pessoas jurídicas habilitadas a realizar operações multimodais e emitirem um único documento/manifesto de carga nas operações. Para isso ser efetivado, é urgente investir em estacionamentos e pontos de conexão entre os modais, os chamados terminais multimodais. A CNT considera que o uso dessas infraestruturas contribui para garantir mais eficiência à movimentação de cargas no país.
Uma das maneiras de incentivar a política de investimentos nos terminais é, por exemplo, a isenção do pagamento do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) referente à área que eles ocupam, medida apresentada no material elaborado pela Confederação. A justificativa é baseada na relevância que esses locais possuem para o interesse público, uma vez que cooperam para tornar a movimentação de cargas mais eficiente.
“Com o transporte mais dinâmico, o custo de deslocar a produção até os centros de consumo fica menor, o que, por sua vez, reduz o preço das mercadorias e, também, torna o país mais competitivo no mercado internacional”, observa Bruno Batista, diretor-executivo da CNT. O Plano CNT de Transporte e Logística prevê investimentos de, no mínimo, R$ 25,7 bilhões para os terminais multimodais.
Projetos essenciais
No documento entregue aos candidatos, a CNT lista os dez terminais multimodais que, se fossem construídos, poderiam potencializar a distribuição de cargas em todo o país:
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