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31 de Março de 2014 – 11h22 horas / Portogente

A proposta defendida junto ao ministro pelo Fórum Industrial Sul, que é formado pelas três federações, faz parte de um longo e minucioso estudo, denominado Sul Competitivo. Este projeto conta com apoio da CNI e traça o perfil, a movimentação e a condição de cada modal de transporte de cargas dos Estados da região. Avalia as condições da infraestrutura de transportes da Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai integrada com o Brasil. O trabalho apresenta também as obras mais estratégicas e o retorno financeiro do custo logístico com a priorização dos projetos. Considera ainda a realidade socioambiental e a geografia da região com os perfis das cadeias produtivas regionais. Borges concordou que as obras são prioritárias e irá encaminhar o estudo à Empresa de Planejamento e Logística (EPL). A ação das federações também envolverá o Ministério do Planejamento.

Para o presidente da FIERGS, o principal projeto de integração da região Sul é a ferrovia Norte-Sul por introduzir uma nova matriz de transporte que favorecerá a logística da produção regional. Müller lembra que, com esta obra, poderá ser utilizado também o Porto de Rio Grande como opção de embarque para o exterior da produção do centro-oeste, já que a tendência agrícola é aumentar a sua produtividade por área plantada. Como exemplo, o presidente da FIERGS destaca que o Rio Grande do Sul aumentou, em 10 anos, a sua produção agrícola em 24%, sem expandir a área plantada.

O Sul Competitivo prioriza oito eixos integrados de transporte, reagrupando 49 projetos diferentes com investimento total de R$ 14,4 bilhões. Cinco destes eixos já existem e necessitam apenas de melhorias: BR-101/376 (Porto Alegre a São Paulo), BR-116 (de Porto Alegre a São Paulo), BR-285 (Passo Fundo à Imbituba), BR-280/282 (São Miguel do Oeste a São Francisco do Sul) e trajeto rodoviário Buenos Aires−São Paulo via São Borja e BR-153. Os outros três são novos eixos de integração de transporte, incluindo o percurso rodoviário da Boiadeira BR-487 (entre Porto Camargo e Paranaguá), a ferrovia Norte-Sul (de Panorama até Rio Grande), o eixo ferroviário Guaíra−Paranaguá−São Francisco do Sul, dando acesso aos Portos do Paraná e Santa Catarina, com capacidade de transporte oito vezes maior que a atual movimentação, permitindo assim desafogar as rodovias e reduzir os custos logísticos.

Estes oito eixos prioritários de investimento passam por todas as principais mesorregiões produtoras e consumidoras e por todos os principais Portos da Região Sul. A economia anual potencial consolidada será de R$ 3,4 bilhões usando os volumes de 2020, gerando uma redução de 7,0% nos custos logísticos de transporte na Região Sul. Tendo em vista o investimento previsto, isto faz com que o prazo para payback (retorno) destes investimentos seja de 4,2 anos.


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