R$ 281 bilhões em investimentos e 554 projetos de integração nacional e urbanos para o Sul do país. Esses foram os números mapeados pela Confederação Nacional do Transporte para que a região tenha um sistema de transporte eficiente, moderno, integrado e livre de problemas. Os dados constam do Plano CNT de Transporte e Logística, divulgado na última segunda-feira (27). O levantamento aponta que são necessários aportes de R$ 1,7 trilhão, distribuídos em 2.663 projetos em todo o Brasil, para que a infraestrutura de transporte nacional esteja próxima do ideal.
Para a região Sul, a Confederação destaca como essenciais obras na Ferrovia Norte-Sul (PR, SC e RS); no Porto do Rio Grande (RS); no Aeroporto de Navegantes (SC); na BR-277 (PR); no sistema hidroviário de cargas em São Sebastião de Caí (RS); no sistema Hidroviário do Tietê-Paraná (PR); e na implantação e modernização do sistema BRT (Bus Rapid Transit, na tradução em inglês), de Curitiba (PR).
A Ferrovia Norte-Sul, por exemplo, é um dos mais importantes corredores logísticos do país. Inicialmente, a linha férrea foi projetada para ser a espinha dorsal do Brasil, ligando-o de Norte a Sul, de Barcarena (PA) ao Porto do Rio Grande (RS). Porém, 30 anos após o início da sua construção, somente o trecho entre Açailândia (MA) e Estrela D’Oeste (SP) está pronto.
Para o tramo sul, apenas os projetos entre Panorama (SP) e Rio Grande (RS) estão finalizados, e não há sinalização de que as obras sairão do papel. Por isso, a CNT prevê, somente na região Sul, a construção de 1.599 km da ferrovia nos trechos entre Vitorino-Santo Inácio (PR), Caibi-São Lourenço do Oeste (SC) e Rio Grande-Vicente Dutra (RS). Os investimentos previstos para a construção desses trechos somam R$ 34,2 bilhões. No total, a ferrovia requer investimentos de R$ 58 bilhões.
Já para o Porto do Rio Grande, o quarto principal do país que, em 2017, movimentou quase 26 milhões de toneladas, o Plano da CNT prevê intervenções de R$ 17,5 bilhões. Entre elas, a dragagem do canal de acesso e a construção de novos berços em São José do Norte e do terminal portuário da Ilha do Terrapleno Leste.
“Assim como as outras regiões do país, o Sul também necessita de melhorias em sua infraestrutura de transporte para sanar gargalos em toda a sua cadeia produtiva e de logística. A integração dos modais, além de gerar redução de custos, vai permitir maior rapidez na circulação de pessoas e de mercadorias”, avalia Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.
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