No primeiro semestre deste ano, o setor de transporte, armazenagem e correio gerou 24,7 mil postos de trabalho com carteira assinada. O transporte terrestre respondeu pela maior parte das contratações: 23,7 mil, número sete vezes maior do que no mesmo período do ano passado, quando foram criados 3,2 mil empregos.
A maior parcela (94,9%) das novas vagas foi aberta em empresas de transporte rodoviário. Os dados estão na nova edição do Conjuntura do Transporte, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) na última quarta-feira (26), que analisa o desempenho do setor no período de janeiro a junho de 2018.
“O aumento do trabalho formal na atividade de transporte é um indicador de que o setor acredita na manutenção do crescimento da economia do país e, consequentemente, na elevação da procura pelo serviço”, avalia a CNT.
PIB do setor cresce, mas greve impacta desempenho
Ainda segundo dados analisados no boletim da Confederação, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor de transporte, armazenagem e correio teve alta de 1,9% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2017. O crescimento, entretanto, poderia ter sido maior, se não fossem os efeitos negativos causados pela greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio deste ano.
Conforme a CNT, a paralisação não afetou somente o transporte rodoviário, mas também gerou repercussões em outros modais. Ao analisar a demanda por serviços de transporte, auxiliares do transporte e correios, o boletim aponta que o semestre fechou com alta de 0,7% de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE. Porém, em maio – mês da greve –, houve queda de 7,8%.
Além disso, o ritmo de recuperação da economia brasileira também poderia ter sido mais intenso sem os impactos da greve. O PIB do país expandiu 1,1% entre janeiro e junho.
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