Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e de profissionais, administrativos e complementares, contribuíram para a queda
O setor de serviços registrou queda de 4% em março na comparação com fevereiro e voltou a ficar abaixo do patamar pré-pandemia informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 12. O resultado elimina boa parte do ganho do mês anterior, que foi de 4,6%, quando havia superado o nível de fevereiro de 2020.
Na comparação com março de 2020, o setor teve alta de 4,5%, após 12 taxas negativas seguidas nessa base de comparação. No primeiro trimestre a queda foi de 0,8% frente ao mesmo período de 2020. Com isso, o volume de serviços apresenta a quinta queda consecutiva nas comparações trimestrais. O acumulado nos últimos 12 meses é de -8%.
“O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas com a queda em março encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, diz o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), Rodrigo Lobo.
Três das cinco atividades investigadas na pesquisa tiveram queda, com destaque para o resultado de serviços prestados às famílias, que caiu 27%, a taxa negativa mais intensa desde abril de 2020 (-46,5%) – essa atividade inclui bares e restaurantes. Também contribuíram para o índice as quedas de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%) e de profissionais, administrativos e complementares (-1,4%).
Segundo Lobo, o resultado para essas atividades retrata o recrudescimento das medidas restritivas por conta do avanço da pandemia da covid-19. “Foram menos impactantes do que março de 2020, mas suficientes para fazer o setor de serviço recuar e voltar ao patamar pré-pandemia.”
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