Sem os Correios, busca por empresa de entrega cresce
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07 de Outubro de 2011 – 10h00 horas / O Tempo – MG
Os trabalhadores dos Correios terão que manter pelo menos 40% dos funcionários das agências da empresa trabalhando enquanto prosseguir a greve da categoria. A determinação é do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Orestes Dalazen, “para atendimento dos serviços inadiáveis para a comunidade“.
Em 23 dias de greve, os Correios já tiveram prejuízo de R$ 20 milhões, e deixaram de entregar cerca de 159 milhões de cartas e encomendas em todo o país. O volume só não é maior porque parte dos clientes, pessoas físicas ou empresas, está buscando alternativas para despachar seus produtos ou comunicados.
Se a decisão da Justiça não for cumprida, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), que representa os grevistas, poderá pagar uma multa diária de R$ 50 mil. Na liminar, o presidente do TST também antecipou para hoje uma audiência sobre o processo de dissídio coletivo entre Correios e trabalhadores, inicialmente prevista para segunda-feira.
A iniciativa privada agradece. Na TNT, especializada em entregas, o volume de trabalho aumentou até 40%. “O primeiro impacto foi nos pedidos de informação no call center. O volume de ligações aumentou 150%“, diz o diretor para a divisão Express no Brasil, Carlos Ienne. A empresa trabalha apenas com entregas entre empresas. Para atender à demanda extra, aproveitou a estrutura que já estava preparada para suportar a alta de demanda do fim de ano.
Na DHL, o aumento na procura foi de 14%. A empresa oferece diversos serviços de entrega programada no Brasil e no exterior e diz, por meio de nota, que está estruturada para suprir as demandas geradas “com soluções customizadas de entregas porta a porta“.
Alternativa – Sem poder contar com os serviços dos Correios, o colégio ICJ imprimiu cerca de mil boletos e enviou aos pais ou responsáveis por meio das agendas dos alunos. Foi a alternativa encontrada para reduzir os transtornos causados pela greve. O diretor financeiro da escola, José Eduardo Fabel, diz que o no dia a dia da escola, a paralisação dos Correios também tem impactos, já que é preciso buscar com os fornecedores um meio alternativo para pagar as contas. “É o mesmo que acontece nas casas de todo mundo, mas em uma escala bem maior“, compara.
Até a festa de 50 anos da escola, que aconteceu no último sábado, também foi prejudicada pela greve dos Correios. “Muitas pessoas não foram porque não receberam o convite. Em alguns casos, nem ficaram sabendo da festa“, lamenta Fabel.

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