A Scania vai suspendeu na última quinta-feira (2), todas as atividades da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, por uma hora e meia. O motivo foi a participação dos 4,3 mil trabalhadores em uma ação inédita de pré-lançamento da nova geração de caminhões da marca que começará a ser produzida em outubro.
Entre as novidades da nova linha estão veículos movidos exclusivamente a gás natural, biometano e bioetanol. De acordo com a montadora, “serão os primeiros caminhões movidos a GNV/biometano do mundo”.
Já os modelos a diesel terão motores 12% mais econômicos que os atuais. Além disso, a nova plataforma está preparada para a produção futura de veículos híbridos e elétricos.
A produção dos novos veículos começará em outubro e as entregas aos clientes estão previstas a partir de fevereiro, informa Christopher Podgorski, presidente da Scania América Latina.
Projeto consome R$ 1,5 bilhão
Para o lançamento da nova geração de veículos, a fábrica do ABC passou por várias mudanças no sistema produtivo e ainda ficará parada por duas semanas em janeiro para os últimos preparativos.
O projeto consumiu R$ 1,5 bilhão, 60% do investimento de R$ 2,6 bilhões programados para o período de 2016 a 2020. Inclui também a adoção de um novo conceito de vendas em que os funcionários das concessionárias serão treinados para atuar como consultores.
“O cliente vai dizer para qual uso quer o caminhão e o concessionário poderá indicar a melhor opção entre as 35 diferentes aplicações que estarão disponíveis”, afirma Podgorski.
A nova linha chega ao país dois anos após seu lançamento na Europa, onde grandes empresas de logística, como a Havi, que transporta produtos alimentícios para a rede McDonald’s, contabiliza redução de 2% nos custos e de 27% nas emissões de poluentes após substituir sua frota a diesel por veículos movidos a gás natural e biogás.
Novo posicionamento sustentável
Apesar de resistências no passado, o GNV será defendido pela Scania como alternativa economicamente viável e menos poluente e uma opção de rápida aplicação até que o mercado brasileiro esteja preparado para adotar o biometano e outras tecnologias, como motores eletrificados e célula a combustível.
“O GNV tem um custo de operação inferior ao diesel, além de um índice de emissão de poluentes até 70% menor, o que vai ao encontro do nosso compromisso com a sustentabilidade”, diz Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania Brasil.
Para marcar o que a Scania está chamando de “novo posicionamento visando o transporte sustentável”. Dois dos veículos apresentados partiram para uma viagem pelo Brasil, Argentina, Chile e Peru com equipes que farão vídeos com moradores que tenham “histórias de atitude” para contar.
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