Tenho visto empresas se preparando para sair do acostamento da crise.
Na crise, tudo fica embaçado. Não temos perspectiva, que é visão de longo prazo.
Sem perspectiva, ficamos sem saber o que fazer. Sem enxergar com clareza o caminho, como numa estrada com neblina, diminuímos muito nossa velocidade e quando a neblina é muito forte, somos obrigados a parar no acostamento.
Esta crise de 2014 até 2019 tem sido a mais longa e forte crise brasileira. E como estamos parados no acostamento há quase cinco anos, nosso veículo começou a enferrujar, os pneus murcharam e a bateria perdeu a carga.
O que tenho visto agora é que muitas empresas, começam a sentir a neblina baixar. O que elas dizem é que, se as reformas propostas – previdência, tributária, anticrime – conseguirem ser aprovadas, os investimentos externos retornam e a neblina baixa de vez.
E, como sabemos, quando a neblina baixa, os que estavam parados no acostamento da estrada saem em alta velocidade para compensar o tempo parado.
Agora, portanto, é hora de começar a se preparar para sair do acostamento da crise. É hora de recarregar a bateria, calibrar os pneus, verificar os freios, renovar os óleos do câmbio e do motor, porque daqui a pouco, a neblina baixa, todos saem correndo e você não pode e não deve correr o risco de ficar sozinho, chorando no acostamento.
Pense nisso. Sucesso!
Pensei nisso:
O mundo de hoje, com muita instabilidade no Oriente Médio, Sudeste Asiático, Ásia e África e com a Europa e o Japão com crescimento mínimo, não oferece muitas oportunidades seguras e confiáveis para os investidores externos de longo prazo.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China traz ainda mais incerteza para o mundo.
O Brasil tem vantagens comparativas muito grandes em relação ao mundo: um grande mercado interno; um único idioma; somos uma democracia; temos um sistema bancário moderno; um sistema de seguros eficiente; não temos problemas étnicos ou religiosos sensíveis; não temos problemas de fronteiras e somos os maiores produtores de alimentos do mundo.
O que os investidores externos afirmam é que, aprovada a reforma da previdência, o que dará segurança de que o país não quebrará, o Brasil se tornará imbatível como local para investir e são bilhões de dólares que estão disponíveis no mundo para investimentos em infraestrutura, rodovias, portos, aeroportos, energia e comunicação.
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