Há duas semanas, Cantú esteve reunido com o delegado da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) cobrando uma solução para tantas ocorrências nas rodovias e já pediu o agendamento de um encontro com o secretário de Esado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César. “Assaltos sempre existiram, mas não na proporção que tomou desde o final do ano passado. Os bandidos atacam nos Contornos, na Linha Verde, de noite, de dia…”, continua Cantú.
Outro que vê a situação ficar insustentável é o diretor-presidente do grupo Havan, Luciano Hang, que enviou uma correspondência ao governador Beto Richa pedindo providências para solucionar um problema. Caminhões de carga da Havan que vem de Santa Catarina abastecer as lojas na Grande Curitiba foram alvos de ataques neste ano, especialmente no chamado rodoanel de Curitiba.
Na carta, Hang enumera que já foram pelo menos cinco ocorrências somente neste ano e que a ousadia dos bandidos está cada vez maior, colocando em risco inclusive a vida dos motoristas que fazem esta rota.
“A Havan utiliza o Rodoanel diariamente, para o transporte de mercadorias a partir de seu Centro de Distribuição, em Barra Velha, para as filiais da Grande Curitiba, cidades paranaenses e até para outros estados. Devido à falta de segurança em trafegar naquele trecho, a empresa adotou como medida paliativa enviar os caminhões em comboio, mas como novas tentativas de assaltos ocorreram, agora os caminhões só passam pelo Rodoanel durante o dia”, diz comunicado da empresa divulgado ontem.
A medida tem prejudicado a operação da empresa, já que muitos carregamentos e descarregamentos que poderiam ser feitos de noite ou de madrugada, agora espeam até o dia raiar. E quando chegam a Curitiba enfrentam um tráfego mais lento e complicado para acessar as filiais e realizar as manobras necessárias para a operação de carga/descarga. “Com isso, perde-se muito mais tempo e o trânsito fica mais complicado”, afirma o responsável pelo setor de transporte da emrpesa, Adriano Benvenutti.
Os empresários pedem mais policiamento nas rodovias de acesso à Capital, ainda mais por causa do tamanho da riqueza que cruza a região, ponto de passagem entre o Sudeste e o Sul do País. “Cobramos uma repressão maior, mais inteligência, rondas mais ostensivas nas estradas. Por aqui passa muita riqueza”, diz o presidente do Setcepar.
voltar