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Rodoviário Camilo dos Santos: uma empresa com o pensamento grande – SETCESP
Rodoviário Camilo dos Santos: uma empresa com o pensamento grande
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“Seu falar quanto tempo eu tenho de empresa, vocês vão achar que eu sou velho”, disse em tom descontraído, Eduardo dos Santos, presidente da Rodoviário Camilo dos Santos, fazendo com que nossa equipe de reportagem se sentisse o mais à vontade o possível, na visita à transportadora, que ocorreu no dia 18 de maio.

A empresa foi fundada por ele, mas o ofício foi ensinado de pai para filho. E agora passou de avó, para neto. Junto com Eduardo, estava seu filho, Felipe dos Santos, sócio-diretor na transportadora, que já representa a terceira geração da família na atividade de transporte.

“Comecei a dirigir caminhão muito cedo. Esse era o meu sonho. Nem pensava em ser empresário. Eu vibrava era em sair pelas estradas a fora”, compartilhou Eduardo sobre época de antes de entrar na faculdade e se formar em economia e administração de empresas.

“Quando voltei, retornei com planos de montar uma empresa de transporte. Meu pai foi quem me vendeu o meu primeiro caminhão, e quer saber de uma coisa; até hoje nunca paguei esse caminhão para ele”, riu de certas regalias que só são concedidos aos filhos.

Os planos deram muito certo, a Rodoviário Camilo dos Santos se consolidou, virou uma empresa com expertise no atendimento ao sudeste, com 24 unidades espalhadas pela região, especializada em carga fracionada, e que gera 1500 empregos diretos e indiretos.

Apesar da história de sucesso, Eduardo conta que a caminhada sempre foi muito árdua. “Fiquei um bom tempo só comprando caminhão velho, por isso, recordo até hoje, quando comprei o meu primeiro caminhão zero quilômetro. Eu mesmo fui buscá-lo na concessionária”, lembra.

Para ele, uma das coisas mais difíceis em empreender no país é a falta de estabilidade. “Se pudéssemos fazer um planejamento estratégico a longo prazo, tudo fluiria com mais facilidade. Hoje você faz planejamentos, que por fatores externos, não duram 4 ou 5 meses. Isso dificulta a gestão do negócio”, revela.

E ele está certo, realmente empreender no Brasil exige a superação de inúmeros desafios e muita persistência, tanto é; que cerca de 40% das empresas abertas no país fecham as portas em menos de cinco anos.

No seu ponto de vista a receita para o sucesso está em se fazer aquilo que gosta. “Quando fazemos as coisas com prazer, a gente busca conhecimento e procura se aprimorar. O crescimento dos negócios é consequência do tamanho da sua felicidade. A missão de trabalhar, todos nós temos, porque precisamos colocar comida dentro de casa. Mas quando a gente trabalha com prazer e com satisfação o sucesso vem”, avalia.

Perguntado de onde vem tanto entusiasmo com os negócios, sua resposta não podia ser melhor: “o que motiva é o futuro, o que está por vir. Abrir uma unidade me dá muita felicidade, aumentar uma carteira de clientes me realiza. Eu penso muito no futuro”.

Considerando a si mesmo com o perfil mais pragmático, ele afirma que não costuma ficar comemorando e nem chorando, por muito tempo uma vitória ou uma perda, e que o foco se volta sempre à próxima etapa.

Também adianta que o que faz diferença dentro de uma empresa são as pessoas, mas destaca a dificuldade de muitas em se comprometer. “Muita gente quer trabalhar, mas poucas pessoas querem se envolver. Veja, na atividade de transporte de carga, todo mundo tem material, terminal, computador e acesso à tecnologia. Aí o que vai fazer diferença? Eu respondo: pessoas fazem a diferença. É o atendimento em todas as pontas. Enquanto falo com você, tem alguém lá no interior do Rio Janeiro representando a Camilo. Boas pessoas, vale para o sucesso de qualquer negócio”.

Eduardo conta que a empresa enxergou durante a pandemia uma oportunidade de mercado, e ampliou sua área de atendimento criando uma malha operacional que liga o interior de Minas Gerais, do Rio Janeiro, e do Espírito Santo ao estado de São Paulo. “Nós conseguimos montar um processo estruturado de um serviço, que quase não existia no mercado”.

Pensando daqui para frente, a meta agora é estabilizar o crescimento. “Dobramos de tamanho nos últimos dois anos. Toda a vez que, você tem um desenvolvimento muito forte em pouco tempo, as coisas costumam se desalinhar, e não podemos deixá-las descentralizadas”, pondera ele.

Da parceria com o SETCESP, ele espera utilizar os serviços que a entidade tem à disposição e ter um bom atendimento em todos eles, já que esse foi o ponto de destaque. Recentemente, a transportadora se associou a entidade.

“A Camilo é uma empresa simples, mas com o pensamento grande. Temos muita seriedade e princípios muito bem fundamentados que vieram de geração para geração. É uma empresa, que cresce corretamente, buscando seu espaço e será uma das maiores em breve”, prevê Felipe.

O sócio diretor que junto com irmão deve assumir nos próximos anos os negócios, planeja que nesse ritmo de expansão, não apenas os valores financeiros devem ser multiplicados, mas principalmente, aqueles que se referem ao que não se compra; franqueza e comprometimento. “Seguiremos à risca os propósitos fundamentados lá atrás, de manter a dedicação e a transparência sempre”.


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